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Paraibano completa 23 dias em greve de fome por liberdade de Lula e diz: “eu não saio”

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‘Seu Ciço’, como é conhecido o bancário paraibano de 61 anos de idade que está em greve de fome contra a prisão do ex-presidente Lula, falou ao ParlamentoPB sobre os completados 23 dias sem se alimentar, vivendo apenas de água e soro. Na semana passada, ele já havia relatado que só sairá da frente do Supremo Tribunal Federal (STF) carregado pelo Samu ou morto.

Hoje, em nova conversa com o ParlamentoPB, ‘Seu Ciço’ disse que continua na resistência. “Eu estou há 23 dias em greve de fome. Tem um companheiro que está há 12 dias, Francisco de Assis. Eu entrei com um propósito de, se sair, que não seja pelas minhas mãos nem pelas minhas pernas. Que seja no limite, retirado pelos meus companheiros. A decisão será deles. Enquanto eu estiver na minha consciência, eu não saio.”

Sobre a visão que ele tem da Justiça em relação ao caso de Lula, ‘Seu Ciço’, natural de Catolé do Rocha, foi enfático. “Expectativa em relação a Justiça nós não temos. (O Judiciário) já está decidido. Não vão pautar a questão da legalidade ou não da prisão em segunda instância. Então a nossa luta é política, nas ruas, pelo cumprimento da Resolução da ONU (que defende o exercício dos direitos políticos de Lula) que as autoridades querem ignorar, mas que nós somos signatários dos acordos. A luta agora é nas ruas. É a resistência que tem de ser oferecida com atos extremos. A greve é um deles. Lula fez por nós nos anos 70, anos 80.”

Ele explicou mais sobre a decisão de aderir à greve de fome. “Quando a institucionalidade não funciona, não responde, a gente tem que, como militante, entender para quê que serve o militante e a militância. (A greve de fome) não é sacrifício, não é ato de heroísmo, é simplesmente a gente fazer a nossa parte porque eu sei que nós estamos arriscando a vida aqui. É algo consciente, mas são as últimas forças que a gente tem e a gente vai dar.”

Ainda sobre a Justiça, o bancário filiado ao PSOL disse que considera a conivência do Poder Judiciário em um processo jurídico, midiático e político. “Eu acho que a Justiça faz parte desse processo jurídico, midiático e político que condena Lula sem provas. Um sujeito que está com uma corda no pescoço como um empresário qualquer, quando ele se vê com uma corda no pescoço, é muito fácil ele tirar a corda do pescoço e colocar no pescoço de outro.”

E falou sobre a materialidade do processo contra o ex-presidente. “Não tem provas materiais. São apenas suposições. Acho que a Justiça está aprisionada, desrespeitando a Constituição porque, como houve um processo midiático muito forte, ela se vê julgando a partir da pauta da ‘mídia canalha’. Em meia-hora de telejornal se desconstrói todo um ‘arcabouço legal’, em nome do apelo fácil do ‘efeito manada’, de respeito às leis, à presunção de inocência que está na Constituição, mas que a Justiça não vem respeitando.”

‘Seu Ciço’ também argumentou sobre a possibilidade da greve de fome não ter resultados positivos sobre a questão de Lula. “Não é porque não vai ter resultado na Justiça que nós vamos deixar de fazer a luta. Se tivermos que dar passos para trás para começarmos de novo, nós vamos começar de novo sem medo de lutar, de recomeçar.”

Saiba mais

Paraibano mantém greve de fome por Lula em frente ao STF: “Não sairei por minhas pernas”

Francisco de Assis Esmeraldo

Fotos: Leonardo Milano/Mídia Ninja

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