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Paraibano encerra greve de fome de quase um mês após TSE barrar Lula

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O bancário paraibano ‘Seu Ciço’, de 61 anos, encerrou a greve de fome que mantinha há 29 dias em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) em pedido da liberdade do ex-presidente Lula, preso em Curitiba, Paraná. Quem também encerrou a greve de fome foi o pernambucano Francisco de Assis, 59 anos. Eles tomaram a decisão após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) barrar a candidatura de Lula, em julgamento nessa sexta-feira (31).

‘Seu Ciço’ conversou com o ParlamentoPB e disse que Lula está só e que a militância do PT escolheu o conforto das redes sociais ao invés de mobilizar-se em grande número em frente ao STF. Ele revelou que chegou em Brasília com 58kg e voltará à Paraíba pesando 44kg. “Tenho que voltar para minha família, para meu trabalho”, disse ele.

 

Saiba mais

TSE barra a candidatura do ex-presidente Lula ao Palácio do Planalto

PT diz que vai recorrer da decisão que impediu candidatura de Lula

 

Veja na íntegra o que diz a nota dos dois militantes.

MANIFESTO DOS GREVISTAS DE FOME NO STF

Nós, cidadãos brasileiros, Cícero Ezequiel Filho, bancário paraibano, 61 anos, dirigente sindical e militante social, e Francisco de Assis Esmeraldo Oliveira, 59 anos, piauiense, técnico em construção civil, militante social da Tenda da Fé em Recife, vimos à público declarar o que segue:

Há respectivamente, 29 e 18 dias, voluntariamente, iniciamos em frente ao STF, um movimento de resistência pacífica, greve de fome, para denunciar a volta da fome ao povo pobre e por solidariedade e liberdade do Preso Político Lula da Silva, bem como o desrespeito à Constituição Federal e à Resolução das Nações Unidas – ONU, com o objetivo de afastá-lo do processo eleitoral que lidera em todas as pesquisas de opinião com 40% das intenções de voto.

Conscientes do papel do militante quando a institucionalidade falha, nossa greve, não foi um ato de umbigo, tampouco entre quatro paredes, com o apoio irrestrito da militância brasiliense, resignados resistimos a céu aberto aos rigores do outono de Brasília para denunciar a violência midiática e jurídica contra o Presidente Lula e sua família, que além da sua prisão ilegal, culminou com o assassinato – por tortura e pressão – da sua amada companheira Marisa Letícia.

Não saímos da greve com as nossas pernas. Tal qual a fome imposta pelos mecanismos de domínio para influenciar escolhas de um povo fragilizado, nossa fome consciente também flagela e nos reduz a restos humanos indesejados na frente dos palácios – luxuosos e com telhados de vidro – do Planalto Central.

Expostos às intempéries de um clima hostil e à repressão policial, perdemos até 25% de nosso peso corporal. Nunca foi nosso propósito nos tornar mártires, pois que, se mártir há neste país, está preso em Curitiba e responde pelo nome de Luiz Inácio Lula da Silva, eterno melhor Presidente do Brasil. E ainda que o matem política ou fisicamente encarcerado não o matarão no coração dos brasileiros, nem apagarão seu nome imortalizado entre os maiores estadistas da história.

Aos abutres que nos desejaram mortos nesta praça, para acusar o PT de usar o sacrifício de dois idosos para fins políticos, não entregaremos nossos cadáveres para explorações mórbidas. Conscientes de que nossas vidas não nos pertencem, agradecemos a Deus por nos emprestá-las para realizar seu propósito maior: Doarmo-nos por um irmão injustiçado chamado Comandante Lula.

No limite da exaustão humana e sob advertência médica para os riscos às nossas vidas, retornamos espiritualmente fortalecidos àqueles que de fato pertencemos, nossas famílias, nossos amigos e às lutas que nos esperam para reconstruirmos todo o arcabouço de direitos construído por Lula em quarenta anos e destruído pelo golpe de 2016 em dois.

Brasília, 01 de setembro de 2018.

Cícero Ezequiel Filho

Francisco de Assis Esmeraldo Oliveira

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