Notícias de João Pessoa, paraíba, Brasil

Comissões da Câmara aprovam Emenda à Lei Orgânica sobre regras do orçamento impositivo em JP

Facebook
Twitter
WhatsApp
Telegram

As Comissões de Constituição, Justiça, Redação e Legislação Participativa (CCJ), Políticas Públicas (CPP) e Finanças, Orçamento, Obras e Administração Pública (CFO) da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) aprovaram, nnesta segunda-feira (25), a Proposta de Emenda à Lei Orgânica 8/2019, medida que atualiza a destinação de emendas de execução obrigatória dos vereadores ao orçamento da Capital. A matéria segue agora para apreciação em plenário.

De acordo com a proposta, as emendas dos vereadores à Lei Orçamentária Anual (LOA) 2021 serão aprovadas no limite de 0,6% da receita líquida realizada no exercício financeiro de 2020. A partir de 2022, as emendas à LOA serão aprovadas no limite de 0,8% da receita líquida do exercício financeiro anterior. Além disso, a matéria ainda anula, por inconstitucionalidade, a Emenda à Lei Orgânica do Município de João Pessoa nº 29/2017, tornando-a sem qualquer efeito jurídico, desde a sua promulgação. As emendas impositivas aprovadas em 2017 e 2018 também ficam sem efeito, salvo as que já foram executadas.

Na reunião da CCJ, os vereadores oposicionistas Bruno Farias (Cidadania) e Leo Bezerra (PSB) declararam voto contrário ao projeto, alegando problemas quanto a estrutura formal e ao processo de tramitação da matéria. Eles destacaram que a nova proposta considera inconstitucional uma matéria de igual teor aprovada em 2017. “A CCJ tem o objetivo precípuo de analisar a constitucionalidade, legalidade, juridicidade e a boa técnica legislativa. Poucas vezes vi um projeto de lei tão mal redigido como esse, dentro da imensidão de leis de nosso país. Isso é uma monstruosidade jurídica”, destacou Bruno Farias. “Não dá para entender como os vereadores dão parecer pela constitucionalidade de uma matéria e depois a consideram inconstitucional. E tem mais, como podemos votar sobre uma matéria que está sendo debatida no Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB)”, argumentou Leo Bezerra.

Políticas Públicas

Na CPP, a matéria teve o parecer favorável aprovado de forma unânime. A relatora do projeto, vereadora Raíssa Lacerda (PSD), destacou que, na análise do mérito, “a matéria não tem mácula no objeto e deve tramitar sem nenhum empecilho”.

Já o vereador Lucas de Brito (PV) questionou a constitucionalidade da Emenda à Lei Orgânica nº 3/2017, que trata das emendas impositivas. Para o parlamentar, a tramitação da matéria não atendeu os requisitos constitucionais e, por isso, a norma em questão se propõe a anular a emenda anterior sobre o mesmo tema. “A primeira votação não respeitou o interstício mínimo de dez dias entre o primeiro e segundo turno, violou uma norma constitucional, não permitiu que a sociedade tomasse conhecimento e desse a oportunidade de sugerir um aperfeiçoamento à norma. A bancada reconhece uma inconstitucionalidade e anula a lei”, defendeu.

O presidente da CPP, vereador Marcos Henriques (PT), afirmou que se atém à análise do mérito da matéria, uma vez que a constitucionalidade já foi discutida na comissão competente. O parlamentar não concorda com o argumento de que a Emenda nº 3/2017 é inconstitucional, mas votou favorável “por acreditar que as emendas terão suas execuções, mesmo não sendo agora”. “Espero que essa lei se torne realidade. Registro ainda a falta de diálogo que a Gestão Municipal teve com esta Casa. Espero que essa questão melhore”, afirmou.

Finanças e Orçamento

Na reunião da CFO, votaram a favor da proposta os parlamentares João Almeida (Solidariedade), Carlão (DC), Humberto Pontes (Avante) e Tibério Limeira (PSB). “Eu mesmo denunciei o não cumprimento das emendas impositivas. Solicitamos diálogo, audiências, e tivemos que entrar no MPPB e no TCE-PB para que houvesse providências. Após isso, demos um voto de confiança à Prefeitura, quando houve o compromisso de executar as emendas que estavam fora do prazo”, justificou Tibério Limeira.

“No texto da LOA 2020 existe a previsão de R$ 23 milhões destinados às emendas impositivas. Enquanto vereadores, não podemos aprovar um ‘cheque em branco’ ao Executivo sem que este informe onde o recurso será reaplicado. No entanto, foi isso que aconteceu hoje. O que será feito com essa verba, já que as emendas impositivas não serão executadas?”, indagou Leo Bezerra, cogitando judicializar o caso. “A esse respeito, poderia haver um aditivo dentro da peça orçamentária, indicando para onde irão os recursos”, respondeu o presidente da CFO, Damásio Franca.

Outras matérias apreciadas

Os membros da CPP ainda aprovaram o parecer favorável à Medida Provisória nº 72/2019, que consolida a relação de criação e padronização da nomenclatura das unidades de ensino integrantes da Rede Municipal de Educação de João Pessoa.

Na reunião da CFO, outros dois projetos de lei tiveram pareceres favoráveis aprovados: um institui normas de incentivo ao turismo comunitário, cultural, educativo e de base na cidade; e o outro cria a Semana Municipal de Políticas Públicas sobre Drogas na cidade. Além disso, dois projetos de lei receberam pedidos de vista para melhor apreciação.

Tags

Leia tudo sobre o tema e siga

MAIS LIDAS

Arthur Urso leva “esposas” para passear sem roupa íntima na orla de João Pessoa

Professores da UFPB desistem de candidatura e apoiam Terezinha e Mônica

Anteriores

PM, viatura passando

Criminosos sequestram motorista de aplicativo, trocam tiros com a PM e dois são baleados

Dinheiro 21

INSS começa a pagar nesta quarta-feira décimo terceiro antecipado

PMJP e Hospital Padre Zé

Prefeitura de João Pessoa assina contrato com Hospital Padre Zé e amplia assistência

WhatsApp-Image-2020-07-28-at-14.52.06-1

Ministério Publico arquiva denúncia de crime ambiental contra Engenho Triunfo

pbesportetotal

Entidades do esporte de alto rendimento assinam contratos do Paraíba Esporte Total

foccotce (1)

TCE assume coordenação do Focco-PB e presidente destaca importância do fórum

pastedecarnecomacusar (1)

Deputados aprovam pastel de carne com açúcar como patrimônio imaterial da PB

vacinaferreira (1)

Vacinação contra dengue é suspensa na Capital até que Ministério da Saúde envie novas doses

Aguinaldo Ribeiro, fonte Câmara dos Deputados

Lula defende Aguinaldo como relator da regulamentação da reforma tributária

Cícero Lucena em Mangabeira

Cícero confirma licitação para construir ponte ligando Mangabeira ao Valentina