Os advogados de Padre Egídio de Carvalho Neto recorreram ao Supremo Tribunal Federal (STF) depois que foram rejeitados os pedidos de liberdade para ele no Tribunal de Justiça da Paraíba e no Superior Tribunal de Justiça (STJ). O processo no STF tem a ministra Cármen Lúcia como relatora. A petição foi protocolada no dia 2 de janeiro e no dia seguinte foi distribuída para a ministra.
Os argumentos para tentar tirar o padre da cadeia, onde ele está desde o dia 17 de novembro, são semelhantes aos já apresentados ao TJ e ao STJ. Os advogados alegam que Egídio tem sérios problemas de saúde, apresentando severa depressão, a condição de soropositivo, hipertenso, e diabético. Além disso, o documento cita que Egídio seria o único responsável pelos cuidados com a mãe, uma idosa de 92 anos.
No STJ, no dia 28 de novembro, o pedido nem chegou a ser apreciado porque o ministro Teodoro Silva Santos argumentou que uma ação semelhante havia sido protocolada no TJ e àquela época não tinha sido julgada.
No dia 4 de dezembro, o desembargador Ricardo Vital rejeitou o pedido e argumentou que os problemas de saúde do religioso podem ser tratados na prisão. A respeito da mãe de Egídio, o magistrado citou que há dois familiares capazes de cuidar da idosa.
O magistrado entendeu que Egídio não atende e nenhum dos requisitos necessários para que haja a transformação da prisão preventiva em domiciliar.
Egídio, a ex-diretora administrativa Jannyne Dantas e a ex-tesoureira Amanda Duarte são suspeitos de lavagem de capitais, peculato e falsificação de documentos públicos e privados em uma estruturada organização criminosa comandada por Egídio, que desde o início da sua gestão no Hospital Padre Zé apresentou massivo ganho patrimonial e por isso o Ministério Público requereu a prisão preventiva dele e das ex-funcionárias.