Eliane Nunes da Silva, 27 anos, vai a júri popular pelo assassinato da própria filha, Ana Júlia, de um ano, crime ocorrido em outubro do ano passado, em sua residência, no Geisel. Após matar a criança, Eliane se entregou à polícia e confessou o crime. A decisão da ré ser levada a júri popular é da 2ª Vara do Tribunal do Júri da Capital, que também determinou que ela deve continuar presa preventivamente. Ainda não existe definição sobre a data, horário e o local do júri popular.
Responsável pela decisão, a juíza Aylzia Fabiana Borges Carrilho, pronunciou Eliane por homicídio qualificado, uma vez que o crime foi cometido por motivo torpe, com emprego de meio cruel, dificultando a defesa da vítima. Outro fator agravante é o fato de ser uma criança e morta pela própria mãe.
O advogado Jardiel Oliveira, responsável pela defesa de Eliane, informou que vai recorrer da decisão em relação a qualificadora de motivo torpe e que vai entrar com um novo pedido para que a acusada aguarde o julgamento em liberdade.
O Crime
A criança foi assassinada dentro do próprio berço após Eliane se desentender com o ex-companheiro. A mulher disse na ocasião à polícia que o marido queria se separar dela e que pretendia pedir na Justiça a guarda compartilhada da criança.
Ao se apresentar à polícia Eliane estava com as mãos ensanguentadas. Ela desferiu mais de 20 golpes de faca na criança.
