O Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) vai realizar na próxima segunda-feira (11) sessão plenária extraordinária e exclusiva para julgar agravos de réus presos na Operação Xeque-Mate, no dia 3 de abril.
O julgamento estava marcado para a última segunda-feira (28 de junho), mas foi adiado devido aos transtornos causados pela greve dos caminhoneiros, o que dificultou a locomoção de servidores e magistrados, segundo informações do Blog do Rubão, do jornalista Rubens Nógrega.
Entre os presos na Operação Xeque-Mate estão o prefeito afastado de Cabedelo Leto Viana e sua esposa, Jacqueline Monteiro França, vereadora do município, além de quatro outros vereadores. Todos eles e mais 19 pessoas foram denunciados pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público da Paraíba (MPPB), por formação de quadrilha e ainda deverão responder na Justiça por corrupção passiva e ativa, lavagem de dinheiro, peculato, prevaricação e tráfico de influência.
Segundo o Blog do Rubão, a convocação da sessão extraordinária só para julgar os agravos dos réus da Xeque-Mate é vista como estranha. “O Pleno já julgou em sessões ordinárias processos um número maior de agravos”, comentou um juiz”, diz o blog.
Ainda segundo o blog, outro magistrado chamou a atenção para um fato curioso. “Com bens e recursos bloqueados pela própria Justiça, onde os réus estão arranjando dinheiro para pagar aos seus advogados, todos muito competentes e, consequentemente, bastante caros?”, questionou.
O magistrado, segundo o blog, “diz que no mundo jurídico “rola a suspeita” segundo a qual alguém muito rico e envolvido na história estaria pagando todas as defesas, para evitar que os presos façam delações premiadas e incriminem ainda mais “o mentor e financiador” de todas as falcatruas descobertas em Cabedelo. E teme que a algum dos réus com menor grau de envolvimento nos supostos crimes seja concedido habeas-corpus que, por extensão, terá que beneficiar todos os demais, posteriormente”.