Foi negado pela ministra Laurita Vaz, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o pedido da defesa de Coriolano Coutinho para que pudesse cumprir o recolhimento noturno em sua propriedade em Bananeiras. Para justificar a solicitação, o irmão do ex-governador da Paraíba Ricardo Coutinho alegou que em função de seu trabalho na zona rural precisa comercializar batatas e gado.
“Afirmam os impetrantes que o ora paciente ‘possui criação de gado no referido sítio, com aproximadamente 60 a 70 cabeças de gado’, além de realizar plantação de batatas. Sustentam que, apesar de não existir documentação acerca da atividade econômica lá exercida, o paciente realiza negociações de vendas de gados e das batatas plantadas no imóvel rural, tratando-se, em verdade, de um mero mercado informal de negócios no interior”, disse a defesa no pedido, acrescentando que Coriolano perdeu parte da renda ao ser exonerado do cargo de secretário parlamentar que ocupava no gabinete do deputado federal Gervásio Maia, em Brasília.
Já a ministra citou em sua negativa à solicitação que o “deslocamento do denunciado por distância geográfica considerável, ainda que dentro do mesmo Estado da Federação, podem colocar em xeque a segurança e a eficiência das investigações, na medida em que, caso seja deferido o pleito, permitir-se-á ao Requerente, mesmo sob monitoração eletrônica, voltar a fazer contato com outros denunciados”.
Coriolano foi preso em dezembro de 2019 na Operação Calvário e conseguiu a liberdade por meio de habeas corpus. Depois disso, teve que cumprir medidas cautelares como o recolhimento noturno. Ele também está proibido de se ausentar da comarca sem autorização da Justiça.