O ministro Teodoro Silva Santos, da Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), negou liberdade ao padre Egídio de Carvalho Neto. A defesa havia apresentado mais um pedido de habeas corpus do religioso no STJ. Padre Egídio está preso desde novembro de 2023. Ele é investigado por desvios de milhões de reais em recursos do Hospital Padre Zé, em João Pessoa.
No pedido de habeas corpus, os advogados alegaram que o ex-diretor geral do Hospital Padre Zé sofre “constrangimento ilegal” por estar no Presidio Especial de João Pessoa, no Valentina Figueiredo, desde 17 de novembro. Teodoro já havia analisado um pedido semelhante no final de novembro e naquela ocasião ele não havia conhecido a solicitação, ou seja, não a julgou por entender que o caso deveria passar antes dele pelo crivo do Tribunal de Justiça da Paraíba, o que ocorreria somente no dia 30 de janeiro, quando a liberdade foi negada pela Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Paraíba, por unanimidade.
Outro argumento citado pela defesa é que teria havido cerceamento de defesa. E também a defesa nega que padre Egídio teria apagado arquivos e mensagens do celular que usava antes de entregar o aparelho à Justiça.
Em dezembro, o juiz José Guedes Cavalcanti Neto, da 4ª Vara Criminal da Capital, recebeu a denúncia apresentada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado do Ministério Público da Paraíba contra o padre Egídio de Carvalho Neto, ex-diretor geral do Hospital Padre Zé, a ex-diretora administrativa, Jannyne Dantas e a ex-tesoureira Amanda Duarte. Egídio é acusado de orquestrar um desvio de cerca de R$ 140 milhões da instituição em benefício próprio com a ajuda das duas ex-funcionárias.
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