Uma nova fase da Operação Calvário foi deflagrada na manhã desta terça-feira (27) pela Polícia Federal, o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público da Paraíba (MPPB), a Controladoria-geral da União (CGU) e o Ministério Público Federal (MPF) para investigar a atuação de organização criminosa por meio da contratação fraudulenta de Organizações Sociais (OS), para gerir os serviços essenciais da saúde e da educação no Estado.
Dez mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em João Pessoa, Cabedelo, Aracuju (SE) e em Brasília/DF, na nona fase da Operação Calvário, que busca robustecer o conjunto probatório de situações detectadas nas fases anteriores, principalmente no tocante aos indícios de crime de lavagem de dinheiro, havendo a utilização de recursos em benefício de empresários e agentes públicos.
Os mandados foram autorizados pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). 80 policiais federais e dois auditores da CGU participam da operação.
Segundo investigações, de 2011 a 2019 o Governo da Paraíba empenhou, em favor das OS contratadas para gerir os serviços essenciais da Saúde e da Educação, que integram as investigações de todas as fase da Operação Calvário, o montante de 2,4 bilhões de reais, tendo pago mais de 2,1 bilhões. O dano estimado ao erário é de mais de R$ 134 milhões.
Impacto social
As irregularidades praticadas pela organização criminosa impactaram fortemente a qualidade do atendimento prestado à população carente nos hospitais públicos estaduais gerenciados pelas Organizações Sociais, bem como a qualidade do ensino público estadual prestado à população da Paraíba.