O juiz José Guedes, da 4ª Vara Criminal de João Pessoa, acatou a terceira denúncia apresentada pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público da Paraíba (MPPB), no âmbito da Operação Indignus, que apura desvios e fraudes milionárias na antiga gestão do Hospital Padre Zé. Foram denunciados o Padre Egídio De Carvalho neto e também o ex-funcionário do hospital, Samuel Rodrigues Segundo.
O caso se refere especificamente ao desvio de celulares que haviam sido doados pela Receita Federal para o Hospital Padre Zé e que sumiram.
A partir do desaparecimento desses aparelhos celulares teve início toda a investigação envolvendo Padre Egídio e ex-funcionários na gestão do Hospital Padre Zé.
Coforme a denúncia, os dois foram enquadrados em furto qualificado, por conta do sumiço dos aparelhos celulares. Os investigadores apontam que cerca de 670 celulares desapareceram da carga avaliada em mais de r$ 500 mil.
O Ministério Público, na denúncia, pede o ressarcimento do valor e também a condenação de Padre Egídio e Samuel Rodrigues, além do pagamento de R$ 1 milhão em danos morais coletivos.
Essa é a terceira ação penal em que Padre Egídio de Carvalho, que se encontra em prisão domiciliar, se torna réu.
A denúncia foi recebida pela justiça na semana passada, no dia 22, transformando Egídio de Carvalho e Samuel Segundo em réus.
“A peça acusatória atende aos requisitos formais do art. 41 do Código de Processo Penal, por estar alicerçada em fonte de informação básica do (s) delito (s) e oferecendo indícios de autoria, não havendo motivo que autorize a sua rejeição, como a inépcia ou falta de pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal”, disse o juiz José Guedes em sua decisão.