A cantora Margareth Menezes afirmou nesta terça-feira (13) que aceitou o convite do presidente diplomado Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, para ser a nova ministra da Cultura.
“Conversamos e eu aceitei a missão. E recebo isso como uma missão mesmo até porque foi uma surpresa para mim também, até para eu entender o lugar desta minha representação e a necessidade de a gente fazer uma força-tarefa para levantar o Ministério da Cultura”, afirmou a futura ministra à Folha, ao chegar ao Centro Cultural Banco do Brasil, sede do gabinete de transição.
Margareth se torna assim a primeira mulher a ser confirmada no futuro governo, que já oficializou cinco homens —todos brancos. A cantora também é a primeira pessoa negra confirmada.
Ela esteve, na manhã desta terça-feira (13), no hotel em que Lula está hospedado em Brasília para uma reunião de algumas horas. Depois, seguiu para o Centro Cultural Banco do Brasil, sede do gabinete de transição, quando anunciou que vai integrar o futuro governo.
Margareth falou à imprensa acompanhada do secretário de Cultura do PT, Márcio Tavares. Ela disse que contará com o apoio dele, indicando que Tavares poderá ocupar algum cargo no ministério. “Vamos trabalhar, trabalhar muito, é muito trabalho. Vou contar com a participação do meu querido Márcio Tavares e de uma equipe também de pessoas competentes nas áreas técnicas”, disse.
A futura ministra, no entanto, não especificou qual cargo será ocupado por Tavares. Ele já foi cotado para ser secretário nacional de Cultura.
“O presidente disse que é de uma importância muito grande e que ele está querendo fazer um Ministério da Cultura forte para atender aos anseios do povo da cultura, do povo do Brasil, pelo potencial que nossa cultura tem, nossa riqueza”, acrescentou a futura ministra.
“Agora é isso, juntar e ouvir todo mundo para a gente levantar primeiro o ministério, fazer a cultura do Brasil voltar ao reconhecimento mundial que sempre teve. Todas as áreas da cultura, as culturas populares, a gente vai reacender.”
A indicação da cantora para ocupar o ministério vinha sendo objeto de críticas no meio artístico, com alguns apontando que ela não seria preparada para o cargo por não ter uma experiência sólida em gestão pública.
Margareth evitou se aprofundar sobre as críticas, respondendo apenas que “a gente tem equipe”.
Folha Online