Em um discurso inflamado para uma multidão que foi ao Parque do Povo no início da noite desta terça-feira, 2, o presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chamou o atual presiente Jair Bolsonaro (PL) de genocida, afirmou que os 33 milhões de brasileiros passando fome atualmente são produto da “falta de vergonha na cara” e de responsabilidade do chefe do executivo e previu que o eleitorado “dará uma surra” em Bolsonaro em outubro.
Lula também prometeu mudanças radicais na economia brasileira, com aumento anual do salário mínimo acima da inflação, além de promover a redução da própria inflação e dos juros. Ainda sobre a economia, garantiu que não privatizará o Banco do Brasil, nem a Caixa Econômica Federal ou o Banco do Nordeste. “Eles que se cuidem porque vamos retomar o controle da Petrobras porque ela não pode ficar dando dinheiro para acionistas americanos em detrimento do preço do gás e dos combustíveis”, prometeu.
O petista também criticou os ataques do atual presidente ao sistema eleitoral brasileiro: “Ele sabe que ele está negando a urna eletrônica. Mas, ele não teme a urna eletrônica. Ele sabe que ela é um equipamento sério. O que ele teme mesmo é o povo brasileiro e por isso ele aprovou R$ 600 de Auxílio Brasil até dezembro para ganhar as eleições. Vai dar dinheiro para motorista e taxistas até o fim do ano. Serão R$ 41 bilhões. Serão as eleições mais caras do planeta Terra. Se cair dinheiro na conta de vocês, peguem e comprem as coisas para vocês e seus filhos”, aconselhou.
“Nós vamos ganhar as eleições. Não sou eu que vou ganhar. Vocês ganhar e vão dar uma surra no atual presidente e em janeiro eu vou reunir todos governadores eleitos e quero que vocês preparem as três ou quatro obras de infraestrutura mais importantes desse Estado porque o País vai voltar a produzir e retomar o respeito com os EUA, Alemanha, China, Índia, com o diabo que for e essa gente vai voltar a investir no Brasil”, enfatizou o petista.
Bem humorado, ele disse que parece ter 30 anos de idade, mas tem 76. Acrescentou que se apaixonou pela atual esposa, a socióloga Rosângela da Silva, a Janja, quando estava preso em Curitiba e para ela escreveu uma carta por dia nos 580 que passou detido. “Quando a gente tem uma causa, não sente a idade passar. Eu acabei de casar em maio. Um cara de 76 anos se apaixona na cadeia e se casa, para demonstrar que eu sou sério porque se não fosse, ia só ficar. Eu casei e foi um bispo que me casou e eu jurei amor eterno. Estou dizendo isso porque eu quero esse casamento também com o povo brasileiro. Vamos provar que um torneiro mecânico é capaz de consertar o país”, concluiu.
