Notícias de João Pessoa, paraíba, Brasil

Justiça suspende teste físico de PCD no concurso da Polícia Civil

Facebook
Twitter
WhatsApp
Telegram

A Justiça deferiu o pedido da Defensoria Pública do Estado para suspender, até o julgamento do mérito, o teste físico em relação aos candidatos com deficiência do concurso da Polícia Civil da Paraíba. A decisão é fruto de uma Ação Civil Pública ingressada pelo Núcleo Especial de Defesa e Proteção dos Direitos das Pessoas com Deficiência e Idosa (NEPED) da DPE para que a organizadora do concurso faça uma adaptação no Teste de Aptidão Física (TAF) para pessoas com deficiência.

O teste de capacitação física, de acordo com o edital lançado Cebraspe, prevê corrida de 12 minutos, em que o candidato deve percorrer 2,4 mil metros, no mínimo, e a candidata 2 mil metros, no mínimo. A ACP quer que a organizadora adapte o teste às pessoas com deficiência já inscritas no certame, de forma que não existam barreiras a obstruir sua participação plena e efetiva na prova física, sob pena de burla da regra de reserva de vagas para esses cargos públicos.

Para a coordenadora do NEPED, a defensora pública Fernanda Peres, “é completamente irrazoável, não bastasse estar em desacordo à legislação e jurisprudência brasileira, ignorar as especificidades das pessoas com deficiência e submetê-las a uma prova de capacidade física nos exatos termos da exigida às pessoas sem qualquer impedimento de natureza física, mental, intelectual ou sensorial”.

Ainda segundo Fernanda, o edital mantém o distanciamento entre as pessoas sem e com deficiência, beneficia, em alguma medida quem não tem deficiência –, bem como cria novas divisões, desta vez entre as próprias PCD, considerando que alguns terão como executar o teste físico, mas outros não. “Vale destacar que, diante das condições impostas pelo edital para realização do teste físico, houve pessoas com deficiência que sequer se inscreveram para o concurso”, destacou.

Na decisão liminar, o juízo da 5ª vara de Fazenda Pública da capital destacou que o concurso objetiva selecionar candidatos para 17 cargos diferentes com funções igualmente diversas, de modo que o mesmo teste físico denota que não foram observadas as peculiaridades das funções de cada cargo. “Em outras palavras, mostra-se notório o subjetivismo da opção do teste físico pela prova de corrida, nem se demonstra relação entre o teste físico exigido e o cargo em seleção. Também não foi apresentada opção razoável ao teste físico, apta a incluir pessoas com deficiência e, simultaneamente, atender às exigências do cargo”, pontuou o juiz Gutemberg Lacerda.

A decisão não gera prejuízo da participação nas demais fases e etapas do certame.

Tags

Leia tudo sobre o tema e siga

MAIS LIDAS

Após agressão, Ulisses Barbosa é internado e precisa de doação de sangue

Anteriores

PF em operação contra fraudes

Operação da PF cumpre mandados de prisão contra agentes públicos e traficantes

ub (1)

Após agressão, Ulisses Barbosa é internado e precisa de doação de sangue

vacinacao-contra-a-gripe-para-idosos

Paraíba amplia oferta da vacina contra gripe para toda população

fc7f10f1-5184-41b0-8fae-ca436c6623cc

Camilo Santana lança na Paraíba nesta sexta o programa Pé-de-Meia

joaovivacentro

Governador participa de abertura da Feira de Negócios “Viva o Centro”

PMATIRA (1)

PM vai a Júri por homicídio e tentativa homicídio em pizzaria de João Pessoa

hamburgada (1)

Trabalhadores da Unipão são surpreendidos com ‘hamburgada’ especial

ibgeprefs (1)

Parceria com IBGE torna João Pessoa a 1ª cidade do país a fazer cadastro conjunto de endereços

PM 12bpm

Operação da PM conduz 64 pessoas para delegacias e apreende armas de fogo

Marconi Perillo

Presidente nacional do PSDB diz que houve erro e aciona STF para anular ação contra eleição de Galdino