Um suspeito de atuar nos ataques realizados por facções criminosas no Rio Grande do Norte foi localizado hoje de madrugada em Paratibe, zona sul de João Pessoa. José Wilson da Silva Filho, de 29 anos, integra o “Sindicato do Crime” e reagiu à abordagem policial, atirando. Os policiais também efetuaram disparos e balearam o suspeito que foi socorrido e levado ao Hospital de Emergência e Trauma, mas não resistiu e morreu por volta das 7h.
“Ele estava foragido, tinha mandado de prisão em aberto e era investigado por diversos crimes, além de ser o responsável pelos ataques que foram feitos no Rio Grande do Norte. Trocamos informações com a polícia civil do Rio Grande do Norte e o localizamos hoje de madrugada. Ele reagiu e ele foi baleado”, explicou o delegado João Paulo Amazonas.
Com José Wilson foi apreendida uma pistola austríaca e um veículo, além de telefones celulares.
“Ele era da cúpula do Sindicato do Crime e estava fornecendo dinheiro e armamento para os ataques no Rio Grande do Norte”, informou o delegado Luciano Augusto, da Divisão Especializada em Investigação e Combate ao Crime Organizado do Rio Grande do Norte.
Ataques – Ataques criminosos coordenados aconteceram em 19 cidades do Rio Grande do Norte desde o início da madrugada de terça-feira, 14. Bandidos efetuaram disparos e atearam fogo em prédios públicos, estabelecimentos comerciais e veículos na capital, Natal, e em Acari, Boa Saúde, Caicó, Campo Redondo, Cerro Corá, Jaçanã, Lagoa D’anta, Lajes Pintadas, Macau, Macaíba, Montanhas, Mossoró, Nísia Floresta, Parnamirim, Santo Antônio, São Miguel do Gostoso, Tibau do Sul e Touros.
A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (Sesed) do Rio Grande do Norte informou que as ações criminosas são uma retaliação a ações de combate ao tráfico e ao crime organizado.
“Acreditamos que, com ações policiais anteriores, há 15 dias, onde houve um enfrentamento da segurança pública em relação a infratores, onde foi apreendida grande quantidade de drogas e armas, isso inquietou a delinquência a enfrentar o sistema de segurança pública”, disse o secretário Francisco Araújo.
No entanto, uma convocação – ou “salve”, no jargão criminoso – que circula pelo WhatsApp, supostamente de autoria da facção Sindicato do Crime, afirma que os ataques seriam uma resposta às condições do sistema prisional do Rio Grande do Norte, descritas como “degradantes”.