O candidato a vice-governador na chapa de Ricardo Coutinho, Rômulo Gouveia (PSDB) comentou hoje à noite a decisão do PP de romper seu apoio ao candidato do PSB ao Governo, Ricardo Coutinho. Para o deputado federal, a definição do partido comandado pela família Ribeiro foi uma surpresa e não poderia ser explicada pela tese de descumprimento de um acordo firmado com os tucanos de Campina Grande para a divisão das bases eleitorais deixadas por ele:
– Fizemos um acordo e vínhamos cumprindo. Estive com o deputado Damião Feliciano e tomei café com a família Ribeiro para construir, com os prefeitos, os apoios tanto para Damião como para Aguinaldo. O acordo era para contemplar os dois. Agora, vamos nos concentrar na candidatura de Damião e de Romero Rodrigues.
Indagado a respeito do desconforto gerado no PP pela postulação de Romero Rodrigues, Rômulo declarou:
– Não foi isso. Romero tem o direito de pleitear. Ele é um dos deputados estaduais mais votados e antes mesmo da minha saída, ele já sinalizava que iria disputar. Só não decidiu antes por respeito a mim. No processo democrático não temos o direito de preterir qualquer candidatura. Não seria eu, nem Ricardo Coutinho, Cássio Cunha Lima que iríamos preterir Romero.
Provocado mais uma vez a justificar a baixa no bloco de oposição, Rômulo respondeu:
– A minha leitura é que foi uma questão pessoal. A avaliação que foi feita, a preocupação de Aguinaldo Ribeiro e de Daniella era a consolidação eleitoral e ele achava que não tinha possibilidade de se eleger na nossa coligação. Acho equívoco porque essa mesma visão os Ribeiro tiveram na eleição de 2006. Se Enivaldo tivesse aceitado nossa sugestão e se coligado com PSDB e DEM, ele teria sido eleito federal. Mesmo que não fosse eleito, teria assumido depois. Mais uma vez, eles cometeram o mesmo equívoco e vão disputar num chapão. Esse final de semana eu construí vários repasses de apoios, mas o tempo vai dizer se a avaliação deles foi correta ou não.