O senador Roberto Cavalcanti (PRB) fez um alerta ontem na tribuna do Senado Federal: o patrimônio histórico de João Pessoa entrou em escalada alarmante de degradação. Ele apelou por ação conjunta das esferas federais, estaduais e municipais para “materializar ações efetivas de restauro e continuada preservação do extraordinário acervo arquitetônico que ainda integra nossa capital”.
Ele revelou que os prédios chegaram a ser explorados como estacionamento e alguns estão em ruínas, à espera de restauração.
“É deprimente o estado de abandono dos nossos bens culturais”, lamentou o senador.
Roberto Cavalcanti registrou como “animadora” a instalação de uma Superintendência Regional do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, mas criticou o ritmo de recuperação dos bens patrimoniais.
“De que valem convênios, protocolos de entendimento, acordos e toda a sorte de atos oficiais se eles não se traduzem em ações reais e objetivas de preservação e restauro dos imóveis que hoje padecem de crescente degradação”, indagou.
Roberto Cavalcanti destacou a importância do acervo de bens patrimoniais de João Pessoa, terceira capital mais antiga do País, e revelou a ação do vereador Fernando Milanez, que “vem contatando os diversos órgãos e instituições oficiais, no sentido de alertar para os prejuízos irreversíveis que se precipitam sobre um número expressivo de bens”.
No final do pronunciamento, o senador paraibano reiterou o apelo: “faço uma grande exortação às nossas autoridades federais, estaduais e municipais: juntos, trabalhemos decididamente na restauração do patrimônio histórico da nossa capital. Um patrimônio valioso, sob todos os aspectos, para o presente e o futuro do Estado que tenho a honra de representar nesta Casa”.
Casa desaba – Horas depois do pronunciamento, agentes do Corpo de Bombeiros registraram o desabamento de uma casa no Centro Histórico, próximo à Estação Ferroviária. A edificação, tombada pelo Patrimônio Histórico, está localizada na praça Álvaro de Machado, junto a uma oficina mecânica.
O Corpo de Bombeiros interditou parte da área e acionou a Defesa Civil, por haver risco de novos desabamentos.