Ricardo Coutinho fez live, ao meio-dia deste sábado (23), para detalhar as extorsões e ameaças de morte feitas contra ele e sua família. O ex-governador também comentou o que considera como “perseguição do Ministério Público da Paraíba” em relação às denúncias contra ele no âmbito da Operação Calvário, envolvendo o laboratório público, Lifesa.
Ricardo falou por cerca de uma hora sobre a denúncia contra ele em relação ao Lifesa e revelou ataques além do que foi divulgado ontem pela Polícia Civil com a prisão de um suspeito de ameaçá-lo. O ex-governador contou que o sítio de sua família foi saqueado e que sua família está sendo atacada para atingí-lo.
“Amanda (esposa) agora denunciada por quê? Porque fala? Porque tem coragem de expor? Ela está sendo acusada por estar publicando textos analisando tudo isso. Ela está sendo acusada por ter feito parte do Conselho Administrativo do Lifesa. Eu estou sendo vítima. Minha família está sendo vítima. E sem nenhuma prova. Diga qual foi o erro que eu cometi. Não são mais os autos. É a torcida”, disse Ricardo Coutinho.
Ele também questionou o fato de ser apontado por intimidação de pessoas que fornecessem denúncia contra ele. “Eu não ia trocar tapa com ninguém. Ia procurar meus direitos na Justiça.”
E falou do que classifica como ‘aliança do ódio’. “Essa ‘aliança do ódio’ é porque eles não têm como falar mal do legado que eu deixei (no governo).”
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Ricardo Coutinho confirma ataques criminosos e lamenta “perseguição do MP”
Ontem (22), um jovem de 22 anos foi preso acusado de ameaçar Ricardo Coutinho pelas redes sociais e cobrar R$ 3 milhões para não matá-lo. Também nessa sexta-feira, o ex-gestor foi denunciado pelo MPPB no caso do laboratório público, Lifesa.
Segundo as investigações, Ricardo teria utilizado o Lifesa para obter vantagens ilícitas. “Através do ingresso do então governador do estado, Ricardo Vieira Coutinho, na qualidade de sócio oculto do Lifesa, a Orcrim planejou inteligentemente a reestruturação do laboratório, com ludibriamento de parte do corpo gestor através de um falacioso plano de investimento, além de reversão de grande volume de dinheiro público para o aparelhamento do laboratório com o fito de exclusivamente trazer lucro privado aos denunciados”, diz a denúncia.
Em nota divulgada ontem, Ricardo Coutinho declarou que “ultimamente venho sendo vítima de diversas ameaças e até de extorsão”, em relação ao caso do jovem preso. E também comentou a atuação do MPPB na Calvário. “É urgente que o Ministério Público reveja sua atuação e cumpra seu papel constitucional, pois Justiça deve ser feita nos autos e com provas e não em busca de audiência espetacularizada na população.”