O reitor da UFPB, Valdiney Gouveia, criticou a decisão da Justiça Federal que mandou o excluir do quadro de aprovados da Universidade Federal da Paraíba por entender que ele usou indevidamente as cotas sociais. Valdiney concluiu o ensino médio há 39 anos e já tem especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado, além de servidor público efetivo da UFPB com remuneração considerável, que variou de R$ 19,8 mil a R$ 49 mil, entre julho e dezembro de 2022, conforme consulta do ParlamentoPB ao Portal da Transparência.
Segundo o reitor Valdiney, “não percebi motivação legal ou moral na peça de minha exclusão do Sisu. A norma (Lei 12.711/12) indica que tem benefício quem cursou o Ensino Médio em escola pública; e, passada mais de uma década da publicação desta lei, ela jamais foi questionada quanto à cota do ensino público, independente de o beneficiado ter formação superior prévia.”
Ainda de acordo com o relato do reitor da UFPB nas redes sociais, “No plano pessoal, indicou-se que tive vantagem por ter graduações, especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado. Não entendi nada! Afinal, o conteúdo avaliado no Enem não foi do ensino médio? Este o cursei há quase quatro décadas na rede pública à noite. Respeito o juízo, mas tenho dúvidas quanto à decisão, uma urge dirimir: terá efeitos ex tunc e erga omnes? Se sim, poderá apoiar milhares de ações para cancelar matrículas e, inclusive, concursos no Brasil. Se não, qual o sentido de restringir o direito de uma única pessoa? No mais, agradeço a Deus a chance de aprender.”
Confira o relato de Valdiney Gouveia feito no Instagram