Os Procons de João Pessoa e de Campina Grande devem entrar com uma ação civil pública na Justiça para questionar o preço do Gás Natural Veicular (GNV), ainda nessa primeira quinzena de dezembro. Os representantes dos dois órgãos estiveram reunidos nessa semana passada para discutir parcerias, o que incluiu o questionamento sobre os valores do combustível.
Segundo o secretário Helton Renê, a parceria com o Procon de Campina Grande sobre os preços dos combustíveis, notadamente do GNV, é uma necessidade nesse momento, porque este é um dos produtos que mais apresentou alta de preços nos últimos meses.
“Assim como em João Pessoa, Campina Grande registrou majoração de preços do GNV, cujo índice precisa ser explicado. Nossa pesquisa comparativa para GNV do último dia 27 de novembro constatou que o menor preço do produto estava em R$ 3,719 e o maior em R$ 3,740. Campina Grande está apresentando um valor maior ainda”, disse o secretário do Procon-JP.
Ministério Público
Helton Renê informa que os dois Procons vão trabalhar juntos, cada um coletando informações através de documentação como notas fiscais, para enviar ao Ministério Público Estadual para que seja avaliada. “O que apurarmos nas duas cidades em relação ao preço do GNV será repassado para o MPPB, que tomará as medidas cabíveis e que forem necessárias”.
Ação civil
O titular do Procon de Campina Grande, Rivaldo Rodrigues, afirma que uma ação civil conjunta talvez seja o caminho para que o alto índice de aumento no preço do GNV seja explicado. “O litro do produto está custando R$ 3,95 em Campina Grande e isso está afetando não apenas o consumidor comum, mas também vários segmentos de profissionais, a exemplo de taxistas e o pessoal do Uber, além daqueles que trabalham com o transporte de bens, só para citar alguns”.
Rivaldo Rodrigues acrescenta que tudo isso precisa ser investigado, até porque os preços do GNV em Campina Grande estão muitos similares. “Outra coisa que precisa ser avaliada é que não há explicação para que o GNV vendido em Campina seja mais caro do que o de João Pessoa, uma vez que a PBGás já disse, publicamente, que a revenda é feita pelo mesmo valor para as duas cidades. São muitas questões a serem levantadas”.