Entrevistado na manhã desta sexta-feira, 29, na Rádio BandNews FM Manaíra, o pré-candidato do PSOL ao Senado, Alexandre Soares rechaçou a pecha de “radical” habitualmente atribuída à legenda. “Esses estereótipos são um problema. Quem fala de extremismo do PSOL é porque não conhece o partido e nem acompanha a pauta das esquerdas. As pessoas colocam as esquerdas numa vala comum e nós somos diversos. Fizemos oposição aos dois governos de Lula e de Dilma. Mas, temos clareza que a partir de 2016 houve uma ruptura institucional e o PSOL passou a se movimentar para se alinhar com as forças progressistas do país. Recentemente, até o ex-presidente Michel Temer (MDB) reconheceu essa ruptura. Mas, para mim não é problema ser chamado de radical se isso significar a defesa rigorosa de direitos”, disse.
Além disso, ele fez uma avaliação de alguns de seus adversários, apontando “cinismo” por parte de Efraim Filho (União Brasil) que dias antes, na mesma emissora, havia defendido a geração de empregos e o estímulo ao empreendedorismo como principais objetivos de uma atuação na Câmara Alta.
“Eu ouvi atentamente a entrevista do candidato Efraim Morais aqui na BandNews e quando indagado sobre a sua principal proposta, ele disse que seria geração de emprego. Ora, não pode haver um cinismo mais agudo que esse! Estamos falando de Efraim que militou e votou a favor da reforma trabalhista, votou a favor da emenda de teto de gastos e da reforma da previdência, que atacam frontalmente direitos da classe trabalhadora. O discurso de Efraim é de gerar empregos, escondendo o passado sombrio de que ele protagonizou e sacou da cartola o termo mágico ‘empreendedorismo’, discurso oficial dessa turma que trabalhou fortemente para tirar os direitos do trabalhador imaginando que todas as pessoas que estão hoje em situação de desalento possam ser empreendedoras”, argumentou.
Alexandre também avaliou um outro adversário, o Pastor Sérgio Queiroz, homologado ontem como candidato ao Senado pelo PRTB. “Sérgio apresenta uma profunda e clara contradição. Como ele pode ser líder religioso e relativiza um tema que está na ordem do dia que é a nossa instabilidade democrática. De todos os candidatos, o pastor é o que mais apresenta contradições porque Efraim todos sabemos que é das oligarquias, elitista, produto do filhotismo da política paraibana e nada surpreende na postura ultraliberal de Efraim Filho. Mas, o pastor tem trajetória de líder religioso que sua prática discursiva é absolutamente contraditórios. Eu não sou líder religioso mas jamais passaria pela minha cabeça defender o enfrentamento e o armamento da população, relativizar os ataques do presidente à estabilidade democrática, a situação do desemprego e da carestia no País. Essa é a pauta que vai resolver essas eleições: a carestia e a situação periclitante da população brasileira. Sobre Bruno Roberto, tenho pouco a dizer. Ele se diz advogado, mas eu nunca o vi num fórum. Eu nunca o vi bater um prego numa barra de sabão. É o eterno vice de alguém, a eterna figura que fica nos braços do pai, tem pouca trajetória e representatividade. No que diz respeito a Ricardo Coutinho, tenho respeito pela candidatura dele. O PSOL fez oposição aos dois governos de Ricardo e faz ao de João Azevedo. A candidatura dele tem que se mostrar viável do ponto de vista jurídico porque ele está inelegível a preço de hoje e isso reforça a importância de nossa participação no processo eleitoral no sentido de arejar o segmento progressista”.
Na segunda-feira, 1º de agosto, o entrevistado de Cacá Barbosa e Cláudia Carvalho na Rádio BandNews FM seráo pré-candidato ao Governo da Paraíba pelo PL, Nilvan Ferreira. A entrevista começa às 10h e poderá ser conferida ao vivo pelo Instagram @claudiacarvalhopb .