Sempre à frente do seu tempo, Cazuza escreveu, mesmo sem saber, alguns versos para os candidatos à presidência do Brasil.
Para Bolsonaro – “Eu tô cansado de tanta babaquice, tanta caretice. Desta eterna falta do que falar”.
Para Alkimin – “Pra que usar de tanta educação. Pra destilar terceiras intenções”.
Para Ciro – “Pequenas porções de ilusão. Mentiras sinceras me interessam. Me interessam”.
Para Lula – “Meu partido é um coração partido.
E as ilusões estão todas perdidas. Os meus sonhos foram todos vendidos. Tão barato que eu nem acredito. Ah, eu nem acredito”.
Para Meirelles – “Se eu te escondo a verdade, baby, é pra te proteger da solidão”.
Para Daciolo – “Eu vou pagar a conta do analista pra nunca mais ter que saber quem eu sou”.
Para Marina – “Invento desculpas, provoco uma briga, digo que não estou”.
Para Álvaro Dias – “Brasil, mostra tua cara. Quero ver quem paga pra gente ficar assim”.
Para Amoêdo – “A burguesia quer ficar rica. Enquanto houver burguesia não vai haver poesia”.
Para Boulos – “Meus heróis morreram de overdose. Meus inimigos estão no poder. Ideologia! Eu quero uma pra viver”.
Para Vera Lúcia – “Faço promessas malucas. Tão curtas quanto um sonho bom”.
Para Goulart Filho – “Eu vejo o futuro repetir o passado. Eu vejo um museu de grandes novidades”.
Para Eymael – “Lá, lá, lá, lá, lá… Faz parte do meu show”.
“Grande pátria desimportante. Em nenhum instante eu vou te trair. Não, não vou te trair”.
Viva Cazuza!