Pré-candidato ao Governo da Paraíba pelo PSDB, o deputado federal Pedro Cunha Lima admitiu hoje estabelecer um diálogo com o adversário do PTB, Nilvan Ferreira, que já externou a vontade de reunir a oposição para fazer frente à candidatura do governador João Azevêdo (Cidadania) que disputa a reeleição. “Temos pontos que são inegocíáveis, mas claro que podemos conversar sim. Não apenas com Nilvan, mas com outros colegas da oposição”.
O tucano também afirmou hoje que sua geração não suporta práticas políticas ainda em voga na atualidade como a troca de apoio por cargos. Ao ser questionado sobre a reação de políticos tradicionais ao seu discurso de fim de várias benesses aos detentores de mandatos, ele reagiu: “Eu não posso ficar calculando o que vou defender pelo temor da classe política ou da magistratura. Tenho boa relação com boa parte dos políticos paraibanos. Um governo de gestão não vai ser de entregar secretarias em troca de apoio político. Isso é primitivo e medieval. Minha geração olha pra isso e tem vontade de vomitar, porque dá nojo mesmo. Precisamos de uma nova política que não perca tempo com baboseira”.
Pedro também falou sobre a escolha de seu partido que vai disputar a presidência com João Doria, enquanto ele defendeu Eduardo Leite: “Caso Deus me permita ser governador, o governo não será instrumento de queda de braço ou de guerra eleitoral. Vamos construir pontes e entregar resultados”.
O parlamentar evitou falar sobre o perfil que busca para seu vice, mas admitiu que o diálogo neste sentido está ocorrendo: “Estamos tendo boas conversas e trabalhamos nessa direção. Tem muita gente que fica refém negociando apoio político porque à medida que a eleição se aproxima, o poder de retaliação diminui. Não posso dizer nomes de quem estamos conversando porque certamente haveria retaliação do Governo do Estado”.
A entrevista de Pedro Cunha Lima foi dada à Rádio Arapuan FM.