O ex-diretor do Hospital Padre Zé, Padre Egídio de Carvalho Neto, está em João Pessoa e foi espontaneamente na manhã de hoje ao Ministério Público na avenida Almirante Barroso, no Centro. Apesar da expectativa de que o religioso prestasse depoimento, isso não aconteceu.
“Ele ainda vai prestar depoimento. Não será no dia de hoje. Será agendado. Hoje, ele compareceu e entregou o celular, que era objeto de busca e apreensão e ontem não foi cumprido, além de se colocar à disposição para colaborar com a investigação”, disse o advogado Sheyner Asfora.
O padre é suspeito de desvio de verbas da instituição em proveito próprio e foi alvo de mandados de busca e apreensão cumpridos ontem pela Operação Indignus. Ele chegou e saiu do MP sem falar com a imprensa e sem sequer ser visto. O acesso se deu em um carro com vidros escuros.
Ontem o Padre Egídio Carvalho Neto, ex-diretor do Hospital Padre Zé, foi alvo da Operação Indignus, que teve também como alvo a diretora administrativa do hospital, Jannyne Dantas e a tesoureira da unidade hospitalar, Amanda Duarte.
A investigação teve como objetivo apurar os fatos que indicam possíveis condutas criminosas ocorridas no âmbito do Instituto São José, do Hospital Padre Zé e da Ação Social Arquidiocesana (ASA), no município de João Pessoa-PB. As informações são de possíveis desvios de recursos públicos destinados a fins específicos, por meio da falsificação de documentos e do pagamento de propinas a funcionários vinculados às entidades investigadas.
Na operação de ontem foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão contra os três, suspeitos de envolvimento no desvio de recursos do Hospital Padre Zé. A Operação Indignus foi realizada pela Força Tarefa composta pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Estado da Paraíba, pela Polícia Civil da Paraíba da Secretaria de Estado da Segurança e da Defesa Social, pela Secretaria de Estado da Fazenda da Paraíba e pela Controladoria-Geral do Estado da Paraíba.