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O escândalo do Hospital Padre Zé

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Começo esse texto pedindo desculpas a quem acompanha o Manaíra Band News porque eu cometi um erro.

Quando surgiram as primeiras informações sobre o escândalo no Hospital Padre Zé, eu não acreditei e defendi o Padre Egídio. Fiz isso porque do que eu acompanhava do trabalho dele, sempre foi com boa repercussão, as pessoas falavam do zelo com o hospital e eu agi de boa fé.

Mas, há deduções e alguns fatos concretos que me levaram a mudar de ideia.

Primeiro, as deduções: qualquer pessoa injustamente acusada de um fato grave vai se apressar em desmentir, em se explicar. Vai no mínimo ficar indignada de ver seu nome envolvido em uma mentira. Ao invés de agir assim, Padre Egídio renunciou à direção do Padre Zé, renunciou à atividade como pároco, mudou de cidade, desligou o celular e sumiu. Ele até pode ser inocente, mas as atitudes são típicas de culpado.

Fatos concretos: um dos auxiliares do padre no hospital já foi preso pelo furto de celulares e admite parte da culpa, mas alega que foi Egídio quem autorizou as transações e teria ficado com parte do dinheiro. Isso é somente a ponta de um iceberg. As falcatruas teriam começado muito tempo atrás e envolveriam outros religiosos, outros funcionários do Padré Zé, alguns políticos e empresários.

O MP recebeu uma denúncia anônima recheada de provas. São 82 páginas de relatos e documentos. São compras de bens caros, automóvel de luxo, diversos imóveis em João Pessoa, uma granja reformada com itens de alto valor no Conde, apartamentos em Pernambuco e São Paulo. Nem todo padre faz voto de pobreza, mas a lista de patrimônio atribuído a Egídio chama a atenção até do católico mais crédulo.

Muitas pessoas já foram ouvidas pelo Gaeco que está levantando o estrago. Se as denúncias forem verdadeiras – e elas parecem ser – podem esperar uma operação para abalar as estruturas do Estado.

É tudo muito triste. Especialmente porque atinge uma instituição que presta um serviço indispensável de assistência aos pacientes mais pobres. O Hospital Padre Zé precisará continuar existindo e cuidando das pessoas mais vulneráveis, mas é urgente que haja uma providência para dar transparência aos gastos e garanta a correta aplicação dos recursos.

O pai dos pobres não pode ser usado para criar novos ricos.

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