Morreu neste domingo, 12, a professor Lourdes Bandeira. A causa da morte da docente da Universidade de Brasília (UnB) ainda não foi divulgada. Formada em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), fazia parte do Departamento de Sociologia da UnB desde 2005 e era referência como pesquisadora nos temas de feminismo, gênero e violência contra a mulher. Lourdes tinha muitas ligações com o movimento feminista da Paraíba, onde era considerada uma grande militante.
Ela era muito próxima de Maria da Penha, líder sindical que substituiu Margarida Maria Alves, paraibana e sindicalista de Alagoa Grande, assassinada em 1983.
Lourdes Maria Bandeira também teve passagem pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB).
Trajetória
Segundo currículo Lattes de Lourdes, ela possuia graduação em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) em 1973, mestrado em Sociologia pela Universidade de Brasília (UnB) em 1978 e doutorado em Antropologia pela Université René Descartes – de Paris V em 1984. Realizou também Pós-Doutorado na área de Sociologia do Conflito com o Prof. Michel Wieviorka, na École des Hautes Études en Sciences Sociales-EHESS (2001-2002). Desde 2005 era Professora Titular no Departamento de Sociologia da Universidade de Brasília, tendo experiência acadêmica e docente, além de publicações e orientações, na área de Sociologia, com ênfase em Sociologia Urbana e da Cultura – Gênero, Feminismo, Violência de Gênero, e Políticas Públicas. Atuava principalmente nos seguintes temas: Conflito e violência nas relações de gênero, cidadania, mulheres, feminismo e políticas públicas.
Lourdes era também coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas da Mulher (NEPEM) e membro do Conselho de Direitos Humanos da Universidade de Brasília (CDHUnB). Atualmente estava como membro do comitê editorial da Editora da Universidade de Brasília e desenvolvia projetos de pesquisa: “Feminicídio no Brasil” e “Relações de cuidado e cuidadoras nas redes inter-institucionais de apoio às mulheres vítimas de violência”. Atuou por uma década como Editora-chefe da Revista Sociedade e Estado.