O Ministério da Justiça afirmou, nesta quinta-feira (25), que os celulares usados pelo presidente Jair Bolsonaro foram alvos de ataques do grupo de hackers preso na Operação Spoofing, deflagrada na terça-feira (23). Autorizada pelo juiz Vallisney de Oliveira, da 10ª Vara da Justiça Federal, em Brasília, a operação investiga a invasão do celular do ministro Sergio Moro, do coordenador da força-tarefa da Lava Jato no Paraná, o procurador Deltan Dallagnol, entre outras autoridades.
Em comunicado, o ministério avisou que o alerta saiu da Polícia Federal, que apura as invasões dos aparelhos. “Por questão de segurança nacional, o fato foi devidamente comunicado ao presidente da República”, afirma comunicado do Ministério da Justiça.
Na terça-feira, quatro pessoas suspeitas de invadir o celular do ministro Sergio Moro e do procurador Dallagnol. A Polícia Federal informou que os hackers atacaram aproximadamente mil telefones celulares e participaram de fraudes bancárias.
“Nós estamos estimando que aproximadamente mil números telefônicos diferentes foram alvo dessa operação por essa quadrilha”, disse o coordenador geral de inteligência do órgão, o delegado federal João Vianey Xavier Filho, em apresentação à imprensa.
Foram presos na operação Danilo Cristiano Marques, Gustavo Henrique Elias Santos, Suelen Priscila de Oliveira e Walter Delgatti Neto. O advogado Ariovaldo Moreira, que representa Elias Santos, disse que o cliente relatou que Vermelho desejava vender ao PT as mensagens captadas por meio do grampo.
Pelas redes sociais, Moro parabenizou a Polícia Federal pela investigação que acabou com a prisão dos hackers que invadiram seu celular. Ele admitiu, porém, que é preocupante o alcance das atividades dos hackers. Além dele, o ministro da Economia, Paulo Guedes, também foi alvo do grupo, segundo suspeita da Polícia Federal.
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