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Lula confirma elevação do mínimo e isenção do IR em pronunciamento na TV

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou neste domingo (30) a elevação do salário mínimo para R$ 1.320, além do envio de uma nova proposta para a política de reajustes do piso nacional —que estará em um projeto de lei a ser encaminhado nos próximos dias ao Congresso Nacional.

O anúncio foi feito em seu primeiro pronunciamento neste mandato em cadeia nacional de rádio e televisão, com o qual resgatou a tradição dos governos petistas de anunciar reajustes do mínimo nessa época do ano. As declarações foram veiculadas na véspera do feriado do 1º de Maio, Dia do Trabalho.

No pronunciamento, Lula deu ênfase a temas econômicos e sociais e mais uma vez buscou fazer uma defesa de seus mandatos anteriores, citando geração recorde de empregos e direitos trabalhistas garantidos. Para ele, nos últimos anos o país viveu uma deterioração nesses temas.

Disse, por exemplo, que “tudo piorou nos últimos anos”. “O emprego sumiu. Os salários perderam poder de compra. A inflação subiu. Os juros dispararam. Direitos conquistados ao longo de décadas foram destruídos de um dia para o outro. Poucas vezes na história o povo brasileiro foi tratado com tanto desprezo, e teve tão pouco a comemorar” afirmou Lula.

De acordo com o mandatário, “felizmente, esse mau tempo ficou no passado”. “Desde o primeiro dia desse terceiro mandato que vocês me concederam, tenho trabalhado para consertar e reconstruir nosso país. Recompor as conquistas perdidas pelos trabalhadores e trabalhadoras é prioridade do nosso governo”, afirmou.

O presidente fez uma menção a trabalhadores de diferentes segmentos, das fábricas à lavoura, passando por microempreendedores e trabalhadores de aplicativos. Também citou os mais jovens que estão iniciando no mercado de trabalho, bem como aposentados e pensionistas “ajudaram a construir o Brasil com o fruto do seu suor”.

O presidente afirmou que o aumento dado neste ano para o salário mínimo é “pequeno, mas real, acima da inflação, pela primeira vez depois de seis anos”.

Ele complementou dizendo que, nos próximos dias, encaminhará ao Congresso Nacional um projeto de lei para que o piso nacional volte a ser reajustado todos os anos acima da inflação.

O governo já anunciou que a proposta para o salário mínimo é de que ele seja reajustado com base na inflação do ano anterior mais a variação do PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos antes.

“Estejam certos de que, até o fim do meu mandato, ele voltará a ser um grande instrumento de transformação social que foi no passado, quando cresceu 74% acima da inflação”, prometeu.

Para Lula, a valorização do salário mínimo não beneficia apenas quem ganha o salário mínimo. “Com mais dinheiro em circulação, as vendas do comércio aumentam, a indústria produz mais. A roda da economia volta a girar, e novos empregos são criados”, afirmou.

O presidente destacou a importância da valorização dos trabalhadores para o que chamou de reconstrução do Brasil. Lula prometeu que o país voltará a crescer com inclusão social.

O novo valor do mínimo e o aumento gradual da faixa de isenção haviam sido anunciados por Lula ainda em fevereiro. O presidente vai agora oficializar a elevação do mínimo dos atuais R$ 1.302 (que estão em vigor desde o começo de janeiro) para os R$ 1.320 que passarão a valer a partir da publicação da medida provisória.

O presidente também confirmou a elevação da faixa de isenção de Imposto de Renda para R$ 2.640. O mandatário ainda reafirmou o compromisso de elevar gradualmente essa faixa de isenção até R$ 5.000 até o fim do seu mandato, o que era uma promessa de campanha.

A promessa de isentar quem ganha até R$ 5.000 por mês ameaça reduzir de forma significativa a arrecadação federal e torna mais complexa a tarefa de formular um pacote de mudanças ligadas ao tributo.

A medida é cobrada por Lula internamente enquanto o ministro Fernando Haddad (Fazenda) busca implementar um pacote para reduzir o rombo nas contas públicas.

Os economistas da equipe de Lula vinham trabalhando com valores menores para o reajuste da faixa de isenção, entre R$ 2.500 e R$ 3.000. Para chegar aos R$ 5.000 defendidos pelo presidente, o custo calculado ultrapassaria R$ 100 bilhões, com risco de encostar em R$ 200 bilhões.

O valor se aproxima de todo o déficit calculado inicialmente para 2023, de R$ 231 bilhões. Para reduzir esse buraco, Haddad propôs neste mês um conjunto de medidas para, principalmente, aumentar a arrecadação por meio da reversão de cortes de tributos feitos na gestão de Jair Bolsonaro (PL).

Lula ainda não confirmou oficialmente se vai participar do tradicional ato de 1º de Maio no Vale do Anhangabaú, região central da cidade de São Paulo, organizado pelas centrais sindicais. A decisão será tomada na segunda (1º) pela manhã.

Ao longo de seus dois primeiros mandatos, o mandatário mantinha o hábito de comparecer aos atos na capital paulista.

 

Folha Online

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