O ParlamentoPB teve acesso aos laudos elaborados pelo Instituto de Polícia Científica da Paraíba (IPC) a respeito da morte do fazendeiro Helton Pessoa, 45 anos, assassinado pela esposa, a empresária Taciana Ribeiro Coutinho na sexta-feira passada, 10 de abril, na Fazenda Zumbi, zona rural de Sapé. O resultado confirma a existência de hematomas em Taciana, que disse ter sido agredida pelo marido antes de efetuar quatro disparos contra ele. Ao contrário do que foi divulgado nas redes sociais e de acordo com a informação que a própria Secretaria de Segurança e Defesa Social da Paraíba já havia adiantado, Taciana não teve os dentes quebrados. Quanto a Helton, a causa da morte não foi apontada como o tiro na região da cabeça, mas a anemia provocada pela perda de sangue resultante dos tiros que a vítima recebeu. Os disparos atingiram a cabeça e os membros inferiores. “A ausência de comprometimento encefálico permite à perita concluir que a lesão na cabeça não foi fatal”.
Acusação – O advogado da família de Helton Pessoa, Daniel Alisson, avaliou que “o exame aponta que Helton foi subjugado e friamente executado por sua esposa, sendo vítima de um disparo na cabeça próximo a orelha direita e outros três disparos na região dos membros inferiores, sofrendo ao todo quatro disparos de arma de fogo, não resistindo aos ferimentos e morrendo no local sem atendimento médico”.
Ele acrescentou que, segundo os laudos, os disparos foram efetuados de longa distância, quando a vítima se encontrava tomando banho. “Não há vestígio nas unhas, mãos e em nenhuma parte do corpo de Helton, o que põe abaixo a versão da empresária de que teria agido em legítima defesa. Além disso, o exame de corpo de delito feito na empresária revela apenas lesões leves que podem ser fruto de várias situações distintas, inclusive autoinfligidas, desmentindo a narrativa de que ela havia sido vítima de violência e fortemente agredida. Apesar da barbaridade do caso a empresária Taciana Ribeiro segue cumprindo prisão domiciliar”.