O juízo da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo determinou o sequestro de R$ 11,3 milhões em imóveis e valores em contas bancárias do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), de Marcos Antônio Monteiro, tesoureiro da campanha do tucano de 2014, e do ex-assessor da Secretaria de Planejamento Sebastião Eduardo Alves de Castro. A medida se deu a pedido da Polícia Federal no âmbito das investigações da ‘Lava Jato Eleitoral’.
A PF indicou que a medida visa assegurar o ressarcimento ao erário de valores relacionados a ‘fundados indícios’ da prática dos crimes de corrupção passiva, falsidade ideológica eleitoral e lavagem de dinheiro.
Alckmin, Marcos Antônio e Sebastião Eduardo foram indiciados e denunciados por tais crimes. De acordo com a Promotoria, o ex-governador recebeu R$ 2 milhões em espécie da Odebrecht na campanha ao Palácio dos Bandeirantes em 2010 e R$ 9,3 milhões quando disputou a reeleição, em 2014.
Quando as acusações contra o tucano e seus aliados foram divulgadas, a defesa de Alckmin afirmou que o ex-governador nunca havia sido procurado pelas autoridade para se manifestar a respeito dos fatos, além de argumentar que as conclusões das investigações eram ‘infundadas e não encontravam suporte nos fatos.
Na ocasião, a defesa de Sebastião Eduardo Alves de Castro declarou que os fatos atribuídos a ele, ‘além de muito antigos, são fruto de um trabalho de investigação atabalhoado e com conclusões prematuras da Polícia Federal, possivelmente pautados em elementos ilícitos’.
Estadão