Depois de tomar conhecimento da condenação imposta em primeira instância por suposto ato de improbidade quando era prefeito de Alagoa Grande, o deputado estadual João Bosco Carneiro (PPS) fez um pronunciamento na Assembleia Legislativa e disse que seu direito de defesa no processo foi cerceado. Testemunhas e documentos apresentados por Bosco teriam sido recusados. “Para mim, a condenação foi dupla porque maculou minha imagem. Isso é apenas uma decisão de primeira instância, mas como homem público, a condenação foi antecipada com a divulgação. Já recorri no primeiro grau e vou recorrer ao Tribunal de Justiça com a convicção de que serei inocentado. Eu não cometi improbidade, não. Fui prefeito por dois mandatos e me acusam de ter sido omisso numa ação de execução fiscal contra o espólio de meu pai. Eu não sou homem de ser omisso”, disse o deputado.
Ele explicou que quando era prefeito de Alagoa Grande recebeu uma notificação sobre o processo que cobrava uma dívida do espólio de seu falecido pai, João Bosco Carneiro, mas a família já havia dado um bem para penhora para quitar o débito. “Todo prefeito de interior tem por hábito receber todas as intimações. Eu despachei mesmo sem saber do que se tratava e mandei à procuradoria Geral do Município. A procuradoria viu que o bem estava penhorado e o objeto da ação, satisfeito. O processo foi arquivado na época. Meu sucessor na prefeitura, contudo, com a ânsia de tirar proveito político entrou com uma ação contra mim dizendo que eu tinha sido omisso. Durante a instrução, não tive direito de apresentar testemunhas, ser ouvido e apresentar com detalhes minhas ações. Mas, é natural recorrer ao segundo grau”, completou.