Veterano na rotina das casas legislativas onde já foi vereador e atualmente é deputado estadual reeleito, Hervázio Bezerra (PSB) prevê que a eleição para presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba, a ser realizada em 1º de fevereiro de 2023, terá lances emocionantes. O parlamentar citou que até agora já há oito nomes concorrendo ao cargo e que o histórico de descumprimento de acordos no que diz respeito à eleição antecipada do segundo biênio torna imprevisível o resultado das articulações.
“Eu não tenho nenhuma dúvida de que essa eleição será a mais disputada. Estamos nos primeiros dias e temos aí oito candidaturas pré-lançadas. Na minha vivência tanto na Câmara quanto na Assembleia, nunca presenciei mais do que quatro candidaturas e temos ainda 70 dias pela frente. Não tivemos nem a diplomação dos eleitos. Podem anotar que teremos uma eleição com capítulos emocionantes”, disse o parlamentar.
Entre os oito concorrentes até agora apresentados estão o próprio presidente da Casa Epitácio Pessoa, Adriano Galdino (Republicanos) e seus colegas de partido Branco Mendes, Michel Henrique e Wilson Filho. Além deles, Tião Gomes (PSB) garantiu que está no páreo. Eduardo Carneiro e Galego de Souza também entraram na disputa. Completam o rol, Felipe Leitão e Inácio Falcão.
Hervázio garante que não vai disputar a eleição para a Mesa Diretora da ALPB e admite que ficou “escaldado” da rasteira que levou no dia da votação, quando o compromisso de elegê-lo para o segundo biênio foi quebrado com a apresentação de um concorrente: Tião Gomes, que renunciou na hora da eleição em favor de Adriano, gerando a reeleição de Galdino.
“Tenho que admitir que foi criado um precedente perigoso e além dele teve ainda o que aconteceu na eleição da Câmara de João Pessoa. O presidente para o segundo biênio, Bruno Farias, foi eleito antecipadamente, mas depois a Câmara entendeu por não legitimar a escolha de Bruno e por reconduzir Dinho, inclusive com o voto de Bruno. São fatos pitorescos que nos levam a deduzir que não existe segurança porque as eleições da Assembleia são interna corporis e tudo pode se alterar de acordo com a maioria. Então, nada impede que uma eleição legitimada no primeiro biênio seja desfeita pelo colegiado. Mesmo que seja feita uma eleição antecipada para os dois biênios, o segundo não vai ter a certeza jamais de que vai ser empossado, face ao precedente criado pela Câmara de João Pessoa e o desconfiômetro deve vir à tona com muita força”, avaliou Hervázio.