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Ex-governador de SP, Luiz Antônio Fleury Filho morre aos 73 anos

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O ex-governador paulista Luiz Antônio Fleury Filho morreu nesta terça-feira (15) aos 73 anos. A causa da morte não foi divulgada.

Natural de São José do Rio Preto, no interior paulista, ele foi promotor de Justiça, secretário da Segurança Pública, governador de São Paulo de 1991 a 1994 e deputado federal por dois mandatos (1999 a 2007).

Foi sob a sua gestão no governo do estado que ocorreu o chamado massacre do Carandiru, no qual 111 presos foram mortos após a invasão da Polícia Militar ao complexo penitenciário na zona norte de São Paulo.

Fleury chegou ao Palácio dos Bandeirantes pelas mãos de seu antecessor e padrinho político Orestes Quércia. Ambos depois romperam politicamente.

Em nota, a direção nacional do MDB lamentou a morte do ex-governador.

“Lamentamos a morte de Luiz Antônio Fleury Filho, que foi governador de São Paulo entre 1991 e 1994. Foi deputado, promotor Justiça e professor. Filiado ao MDB-SP, ele era membro da Executiva Estadual. Nossas condolências a familiares e amigos”, afirmou Baleia Rossi, presidente nacional do MDB.

O governo de São Paulo decretou luto oficial de três dias. Carlão Pignatari (PSDB-SP), presidente da Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) e governador em exercício –Rodrigo Garcia (PSDB) cumpre agenda em Nova York– manifestou-se com pesar sobre a morte, prestando solidariedade aos familiares.

O ex-governador paulista João Doria (sem partido) também se manifestou em suas redes sociais. “Sinto muito a perda do Governador Luiz Fleury. Tivemos sempre uma relação respeitosa e republicana. Meus sentimentos e solidariedade aos familiares do governador Fleury.”

José Serra (PSDB), senador, ex-presidenciável e também ex-governador do estado, prestou condolências à família e aos amigos em publicação no Twitter. Ele e Fleury eram próximos e tinham uma relação amistosa.

Ciro Gomes (PDT-CE), ex-presidenciável, relembrou que ele e Fleury foram governadores no mesmo período. “Lamento o falecimento de Luiz Antônio Fleury Filho. Fomos colegas governadores, ele de de SP e eu do CE. No episódio do sequestro de Dom Aloísio Lorscheider, Fleury nos ajudou enviando uma equipe da polícia de SP especializada em libertação de reféns. Meus sentimentos à família.”

Fleury chegou ao governo paulista com apoio do então governador Quércia, em 1987, como secretário da Segurança Pública —cargo de grande destaque naquela administração, por conta do crescimento da violência em São Paulo.

Com apoio de Quércia, foi eleito sucessor do governador em 1990. Os quatro anos da gestão de Fleury foram tumultuados e seu governo foi marcado pelo massacre do Carandiru.

Os problemas começaram logo no início da gestão, com denúncias de corrupção e enriquecimento ilícito contra Quércia. A situação agravou-se com a dívida e obras paralisadas herdadas da gestão anterior, fatos que abalaram a relação de Fleury com seu padrinho político.

Sobre o Carandiru, Fleury diz que ficou provado na Justiça que não houve, de sua parte, “qualquer ordem para matar”.

“Eu voltava de helicóptero para São Paulo e não existia celular na época. Quando cheguei no Palácio dos Bandeirantes a invasão já havia ocorrido”, afirma ele, sem citar a possibilidade de comunicação pelo rádio do helicóptero.

Ele diz que despontava como candidato a Presidência da República em 1994 e, com o massacre, suas chances se esvaíram. “O objetivo de meus adversários foi atingido.”

POLÍTICOS REPERCUTEM MORTE DE FLEURY

Desde o anúncio do falecimento, várias personalidades do mundo político manifestaram-se nas redes sociais lamentando a morte de Fleury e em tom de solidariedade.

O governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), publicou nas redes sociais uma foto com o ex-ocupante do palácio dos Bandeirantes, dizendo que Fleury, seu conterrâneo, sempre valorizou a força do interior paulista.

O governador eleito do estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos), também se manifestou, oferecendo condolências à família e aos amigos.

Já Ricardo Nunes (MDB), prefeito da capital paulista, declarou lamentar a morte do ex-governador, relembrando a carreira de Fleury como professor, promotor de justiça e deputado federal.

Wellington Dias (PT-PI), senador eleito e hoje integrante do conselho político de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), manifestou pesar pela morte.

O ex-senador Aloysio Nunes (PSDB) citou algumas ações realizadas pelo ex-governador durante o mandato e argumentando ser injusto lembrá-lo única e exclusivamente ao massacre do Carandiru, defendendo Fleury.

 

Folha Online

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