O deputado federal Cabo Gilberto (PL) disse nesta sexta-feira (17) ao ParlamentoPB, ao comentar o pedido de investigação contra ele feito pela Procuradoria Geral da República, para apurar possível ligação com os atos antidemocráticos em Brasília, que vai rasgar o processo quando ele chegar na Câmara dos Deputados.
“Eu estou muito tranquilo com relação a isso. Chegando lá no Conselho de Ética, essa ação, desmoralizada como ela foi feita, eu vou rasgar”, afirmou o parlamentar.
Segundo Cabo Gilberto, é uma ação natimorta.
“É uma ação natimorta, tanto da PGR quanto do Supremo Tribunal Federal, que rasga a Constituição constantemente. Infelizmente, em nosso país, não existe mais democracia e aí, um partido que não tem representação nenhuma na Paraíba, como o PSOL, um partido desmoralizado, entra com uma ação para querer aparecer as nossas custas. Nós tivemos votos da população. Eu fui o terceiro mais votado. E o PSOL, teve quantos votos nas eleições? A população sabe que esse partido é mentiroso, que não defende a população, só faz tentar manipular a opinião pública”, disse.
Decisão da PGR
A Procuradoria-Geral da República deu parecer na Representação nº 10836 feita no STF pelo PSOL da Paraíba e pelos dirigentes partidários Adjany Simplício, Alexandre Soares, Tárcio Teixeira e Olímpio Rocha contra o deputados estadual Wallber Virgolino, o deputado federal Cabo Gilberto, a vereadora Eliza Virgínia, a ex-primeira dama Pâmela Bório e o ex-candidato a governador Nilvan Ferreira, em razão da instigação e apoio aos atos terroristas de 8 de janeiro, em Brasília.
Para o subprocurador-geral da República Carlos Frederico dos Santos, que assina o parecer, “os elementos de informação coligidos na representação demonstram que Walber Virgolino, Nilvan Ferreira e Eliza Virgínia veicularam, por meio das redes sociais, imagens dos invasores das sedes do Supremo Tribunal Federal e do Congresso Nacional. Além disso, os referidos representados postaram mensagens que exaltaram os atos criminosos executados no dia 08/01/2023.”
Quanto ao Cabo Gilberto, o parecer afirma que “a conduta do Deputado Federal poderá configurar violação ao decoro parlamentar”, pelo que deve ser investigado pela Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da própria Câmara dos Deputados.
No que se refere à ex-primeira dama, a PGR diz que “extrai-se das imagens colacionadas na representação que Pâmela Bório participara, no dia 08/01/2023, dos atos violentos contra a sede do Congresso Nacional. As fotos publicadas em rede social evidenciam que a representada acompanhava a turba durante as invasões aos prédios públicos.”