Secretários estaduais de saúde pediram uma reunião com o ministro Marcelo Queiroga, da Saúde, para discutir a redução do intervalo de aplicação da dose de reforço da vacina contra a Covid-19.
Num primeiro momento, o prazo foi fixado em seis meses. Depois, Queiroga anunciou a redução para cinco meses. Agora, os estados querem que o prazo seja ainda mais curto: quatro meses.
A Paraíba, entretanto, segundo informou ao ParlamentoPB o secretário de Saúde, Geraldo Meddeiros, não aderiu a essa proposição.
“A Paraíba segue o embasamento científico. O que os trabalhos têm mostrado é que a queda na produção de anticorpos ocorre após cinco meses. Fazer a dose de reforço com menos de cinco meses hoje é considerado erro vacinal”, disse o secretário Geraldo Medeiros.
Tem estado, inclusive, a exemplo da Prefeitura de São Paulo, que já enviou documento pedindo a redução.
“Sabemos que, depois de quatro meses, as vacinas começam a perder a eficácia”, afirma Carlos Lula, secretário de Saúde do Maranhão e presidente do Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde).
“A ideia, com a redução do prazo, é conter o recrudescimento de casos de Covid-19 no Brasil, para que não ocorra aqui o que estamos vendo acontecer na Europa”, segue ele.
O surgimento da ômicron, que causou tensão no mundo todo e foi definida pela OMS (Organização Mundial de Saúde) como variante de preocupação, reforçou “a certeza de que precisamos fazer isso [aplicar as doses de reforço em um prazo menor]”, diz Carlos Lula.
ParlamentoPB com Folha de S. Paulo