Quem passar no Parque Solon de Lucena, no centro de João Pessoa, em frente ao terminal de ônibus, entre as 8h e 12h de segunda-feira (27) encontrará barracas e tendas distribuindo alimentos para os trabalhadores e transeuntes que passarem pelo local. É o Banquetaço organizado por entidades, movimentos sociais, Conselhos Estadual e Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea PB/ Comsea JP), Secretarias do Estado e do Município, SESC através da Federação do Comercio PB, Conselhos de Profissionais e Universidades. Nacionalmente, os órgãos tem se articulado em um movimento cujo intuito é festejar e trazer em pauta a necessidade de agilização de políticas públicas em todos entes da federação, para erradicar a fome e miséria.
De acordo com o ex-sindicalista Arimatéia França, que integra o Consea no Estado, “depois de muita luta e resistência de pessoas e entidades que realmente se importam em estancar a fome e em criar soluções para os problemas relacionados à insegurança alimentar e nutricional, o Consea e suas unidades, espalhadas por todos os estados do Brasil, votam a existir e seus representantes serão empossados no próximo dia 28, em Brasília”, informou. Segundo França, paraibanos deverão estar presentes nessa solenidade na capital federal do Brasil.
Fome na Paraíba
Em 2020, último levantamento realizado pelo IBGE, pelo menos 80 lares paraibanos, ou cerca de 272 mil moradores, enfrentavam algum tipo de insegurança alimentar. Em todo o Brasil esse número chega a 33 milhões de pessoas. Arimatéia França lembra que o Consea, que foi desmobilizado nos últimos quatro anos (gestão 2019 a 2022) vai retomar o seu papel de articulador nacional de políticas públicas voltadas para atender as famílias mais necessitadas.
“Para termos uma idéia da situação, a campanha da Fraternidade da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) tem como tema a fome”, lembrou França. Na Paraíba, a campanha foi aberta na última quarta-feira (22), com a celebração de uma missa na Basílica Nossa Senhora das Neves. A missa foi celebrada pelo arcebispo metropolitano, Dom Manuel Delson. Para Dom Delson, não se pode fechar os olhos para a situação de fome no país.
