Ao se queixar na manhã de hoje, de “clima politiqueiro”, o prefeito Cícero Lucena disse nesta sexta-feira (11), que decidiu cancelar o contrato com a empresa que faria o projeto de engorda da orla de praias de João Pessoa para acabar com o debate político sobre o tema.
“Nós estamos vendo equívocos nesse debate, alimentado por alguns, principalmente por aqueles que querem o emprego de prefeito. É um tema tão importante, tão sério, que demanda tanta responsabilidade, que nós vamos fazer isso com muita cautela. Cancelamos esse estudo preliminar, vamos conversar com a sociedade, com o Ministério Público, com a academia, para que a gente trace um caminho, para se discutir se vai ou não ter ações”, disse Cícero ao ser questionado sobre o que motivou o cancelamento do contrato.
“Nós identificamos de uma forma muito clara que o processo político e algumas emissões de pareceres, de opiniões, feitas totalmente sem embasamento técnico e compromisso com a cidade. E você estar discutindo isso no momento político, é dar chance aquelas pessoas, principalmente aquelas que desejam que a cidade fique cada vez pior, para que eles possam arrumar um emprego de prefeito. Então, nós vamos estancar esse processo e vamos chamar as entidades, as pessoas responsáveis da nossa cidade, para discutir qual é a forma que a gente deve conduzir esse trabalho”, completou.
Enquanto isso, informou, a Prefeitura vai concentrar esforços na requalificação da orla. “Estaremos assinando um termo com o MP e com a associação daquelas barracas para ter uma modernização e disciplinamento do seu uso. Estamos fazendo estudo de estabilização da barreira, que está desmoronando cada vez mais, para que possamos priorizar esse patrimônio, que é a proteção da barreira, para que possamos manter o nosso ponto mais oriental. Então vamos tirar a discussão, que é necessária, desse clima politiqueiro de alguns, e fazer de forma que lá na frente se discuta se vai precisar fazer ou não a engorda”, ressaltou.
O prefeito disse que não houve nenhum gasto com o contrato e seu cancelamento. “Não houve nenhum pagamento”, afirmou.