A presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Rosa Weber, determinou que seja enviado à PGR (Procuradoria-Geral da República) um pedido do presidente Jair Bolsonaro (PL) para que seja aberta uma investigação criminal contra o deputado Julian Lemos (União-PB), que acusou, sem provas, o chefe do Executivo federal de bater na primeira-dama, Michelle.
Em entrevista a um podcast em novembro passado, Julian, acusou, sem apresentar provas, o presidente de bater na primeira-dama, depois de ela ter passado por um procedimento estético para troca de silicone em janeiro de 2020.
Disse que a relação entre Bolsonaro seria de “fachada”, porém ele não apresentou provas sobre os supostos fatos, e afirmou que Michelle não esteve ao lado do marido no primeiro discurso após a derrota dele para Lula porque “ela está toda marcada”. Novamente, não apresentou provas.
Julian também chamou o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), um dos filhos do presidente, de “sociopata”.
No pedido para abertura de inquérito contra o parlamentar, Bolsonaro afirmou entender que são claras as ofensas dirigidas por Julian a ele e sua família “o que atrairia a incidência dos tipos penais que tratam dos crimes contra a honra”.
“No caso da entrevista, o indigitado cidadão profere impropérios que não são acobertados pelo direito fundamental da livre expressão, atribuindo a minha pessoa ações de violência contra minha esposa”, disse ainda Bolsonaro.
Em despacho, no dia 30 de dezembro, Rosa Weber determina a abertura de vista dos autos ao procurador-geral da República, Augusto Aras. A presidente do STF diz que cabe a ele a formação da opinio delicti (opinião a respeito de delito). O envio de pedidos de abertura para investigações de ministros do Supremo à PGR é praxe.
O ParlamentoPB repercutiu a entrevista de Julian ao podcast na ocasião:
Julian diz que Bolsonaro bate em Michelle e que relacionamento entre os dois é de “fachada”
Com UOL