A primeira semana da propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão já gerou uma série ações no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), com pedidos de direito de resposta, tanto da coligação do governador Ricardo Coutinho (PSB), como da coligação do senador Cássio Cunha Lima (PSDB). Os pedidos são motivados pelas críticas que cada um faz da administração do outro no governo do Estado.
O guia de Cássio responsabiliza o atual governo pelo fechamento de mais de 230 escolas. Já o de Ricardo diz que em sete anos de governo Cássio não entregou um só leito de hospital. Os pedidos estão sendo negados pelos juízes auxiliares da Propaganda. Eles entendem que as críticas administrativas devem ser rebatidas no âmbito do próprio guia eleitoral. “As críticas aos candidatos, ou ao grupo político que os apoia, ainda que irritantes, contundentes, ácidas, não podem ser proibidas, mas devem ser por eles aceitas ou refutadas, se for o caso”, disse a juíza Niliane Meira.
O programa da coligação de Cássio divulgou a notícia de que na gestão de Ricardo foram fechadas mais de 230 escolas na Paraíba. O PSB pediu direito de resposta, alegando se tratar de notícia sabidamente inverídica, uma vez que não houve fechamento de escolas, mas sim reordenamento previsto em lei.
Os advogados do PSDB também entraram com pedido de direito de resposta para rebater as denúncias veiculadas no programa de Ricardo de que o governo de Cássio não entregou um só leito de hospital. No pedido, eles argumentam que Cássio restaurou e ampliou consideravelmente as unidades de saúde da Paraíba. Em ambos os casos, a juíza defendeu que o debate deveria ser travado no guia dos próprios candidatos, e que a Justiça deve intervir o mínimo possível no debate político.
Jornal da Paraíba