O Tribunal do Júri de João Pessoa, após 13 horas de julgamento, absolveu os nove policiais militares acusados de sequestro, tortura, assassinato e ocultação de cadáver de Givaldo José Bezerra, conhecido como Júnior de Sapé, e Alex de Oliveira Freitas, crime ocorrido no dia 6 de agosto de 2009.
Os jurados acolheram a tese defensiva de que o fato não existiu e absolveram todos os policiais militares.
Foram denunciados pelo Ministério Público os réus Edmilson Andrade de Oliveira, Agápito Rodrigues dos Santos Neto, Francisco de Assis Ferreira de Araújo, Kleber dos Santos Farias, Antônio Severino da Silva, Ednaldo José Monteiro de Andrade, Wallas Adelino da Silva, Josinaldo Cunha Lima, Roberto Heráclio do Rego Júnior e Fábio Gomes da Silva.
Segundo o advogado Aécio Farias, “a absolvição pelo soberano Tribunal do Júri que disse que os crimes não teriam ocorrido só demonstra que esses policiais foram perseguidos durante 12 anos. Felizmente, a justiça foi feita.”
O crime – Segundo os autos, no dia 6 de agosto de 2009, por volta das 18h, os policiais militares sob o comando de um capitão, desceram das viaturas e determinaram que um ônibus, que passava nas proximidades da Fábrica Valtex e do Fórum de Santa Rita, parasse. Em seguida, houve ordem para que todos os passageiros descessem do coletivo e foi realizada uma revista. Depois, todos os ocupantes do ônibus retornaram aos seus lugares, exceto as vítimas, que ficaram em poder dos militares.
A investigação apontava que os dois homens teriam sido conduzidos para um matagal que fica por trás do Fórum, onde foram espancadas e torturados até a morte. Para evitar possíveis indícios das práticas criminosa, os réus teriam ocultado os cadáveres.