Antônio Inácio Silva Neto e a esposa, Fabrícia Campos, mentores do golpe milionário que movimentou cerca de R$ 1,5 bilhão nos últimos quatro anos, deixando muitas pessoas no prejuízo, usaram criptomoedas para se manterem.
“Esses detalhes de como eles estavam vivendo provavelmente vai ser esclarecido com a chegada deles, com as oitivas deles. Mas, o que a gente já detectou é que houve o uso de criptomoedas para eles se manterem”, disse o delegado Guilherme Torres, da Polícia Federal, durante entrevista no final da manhã desta sexta-feira (1º), na sede da PF em João Pessoa, ocasião em que deu mais detalhes sobre a investigação e prisão do casal, realizada na noite de ontem na Argentina, para onde haviam fugido.
Antônio Inácio Silva Neto e Fabrícia Campos, conforme as investigações apontaram, informou ainda o delegado, utilizaram documentos de parentes para fugir do país.
“Os documentos eram verdadeiros, mas de outras pessoas. Tanto Antônio quanto a Fabrícia usaram documentos de parentes para atravessar, por via terrestre, o Brasil para a Argentina”, disse o delegado.
Segundo o delegado, se for comprovada que o parente concordou com o uso do documento, se houve colaboração, e tudo indica que houve, ele pode vir a responder por isso.
Segundo o delegado Guilherme Torres, Antônio Neto e Fabrícia vão passar ainda hoje por audiência na Argentina para saber como vai ser o trâmite de extradição. O delegado acredita que deve levar três meses para que a extradição aconteça, caso seja aprovada.