As péssimas condições dos mercados públicos de João Pessoa foram novamente criticadas pelo deputado federal Ruy Carneiro. O parlamentar lembrou da emenda de R$ 1 milhão que destinou para reforma e ampliação desses equipamentos há mais de um ano, mas até o momento nenhum serviço foi entregue à população.
A grande maioria dos mercados municipais estão sofrendo com esgoto correndo a céu aberto, buracos, galerias sem tampa e infiltrações, denuncia Ruy. “Os mercados públicos de João Pessoa estão em condições deploráveis. O maior exemplo é o Mercado Central. Em outras cidades, muitos desses espaços se tornam cartões postais. Infelizmente, aqui na nossa capital eles estão abandonados pela gestão, colocando em risco a vida de comerciantes e clientes”, condenou.
A emenda destinada para restauração dessas estruturas surgiu das constantes visitas a esses locais, revelou o deputado. “A destinação dessa emenda de R$ 1 milhão surgiu justamente por andar nesses espaços e identificar as péssimas condições. A situação vergonhosa é semelhante em praticamente todos: Bairro dos Estado, Rangel, Oitizeiro, Mangabeira, Cruz das Armas, entre outros. É preciso concluir as poucas obras que se arrastam e intervir de forma urgente para evitar problemas mais graves nos demais lugares, onde a gestão nem se quer apareceu”, defendeu.
Um comerciante que preferiu não se identificar com medo de retaliações, descreveu a atual realidade no Bairro dos Estados. “Aqui temos problemas com esgoto estourado, animais soltos e buracos. O mais grave é o grande buraco no teto, que fica bem no meio do mercado. Aqui está todo mundo revoltado. O prefeito ta achando que vai chegar faltando um mês pra eleição, prometendo um monte de coisa, e todo mundo vai cair na conversa mole dele de novo”, desabafou.
Em Mangabeira, a reforma da cobertura anunciada em abril do ano passado deveria ter sido concluída dia 27 de julho, segundo a própria Prefeitura. As obras estão se arrastando, sem previsão para conclusão e os comerciantes reclamam que o mercado está alagando por conta das chuvas.
No Mercado Central, a situação é ainda pior e não existe previsão para reforma. Parte do teto está caindo sobre as pessoas, o esgoto está dando retorno para dentro dos boxes, além do acúmulo de lixo e da parte elétrica, que está completamente exposta no quadro de energia.
