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Reeducanda de Campina Grande vence concurso de poesia da Defensoria Pública

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A poesia vencedora do concurso “Transformando o silêncio das grades em linguagem”, promovido pela Defensoria Pública do Estado da Paraíba (DPE-PB) por meio da Coordenadoria Administrativa de Execução Penal e Acompanhamento aos (as) Defensores (as) Públicos (as) nos Estabelecimentos Penais (CAEP), foi anunciada na última quarta-feira (1º), em uma solenidade virtual. A reeducanda Adryelly Ferreira Benvindo, do Presídio Feminino de Campina Grande, conquistou o primeiro lugar com a poesia “Meu Nome é Adryelly”.

A ganhadora participou voluntariamente da reunião, leu a poesia, falou sobre seus sentimentos e ficou muito grata com o reconhecimento da sua obra. Outras cinco poesias receberam menção honrosa: “A mulher e suas proezas”, de Aucilene, Mônica e Vitória (Patos); “Liberdade” , de Edvânia Lucas; “Sofrimento”, de Fabiana de Aquino; “Aprendi com o tempo”, de Girlane Nascimento; e “A Prisioneira”, de Izabel Cristina – as quatro últimas de Campina Grande.

O tema da segunda edição foi “Mulher e encarceramento”. Oito reeducandas foram premiadas, já que uma poesia teve autoria de três participantes. Elas receberam kits de perfumaria oferecidos pela Associação Paraibana de Defensores Públicos (APDP).

“Estamos muito felizes com mais uma edição do concurso, que teve início no mês de março, durante as comemorações pelo Mês da Mulher. Nos esforçamos bastante para que todas as mulheres privadas de liberdade tivessem a oportunidade de participar, inclusive para fins de remição de pena. O concurso levanta a autoestima da mulher e isso influencia diretamente na ressocialização e na reinserção social”, destacou a coordenadora da CAEP, a defensora pública Waldelita Cunha.

Os trabalhos foram analisados por uma Comissão Julgadora formada pela defensora pública Francisca de Fátima, que representou o grupo na solenidade, pela poetisa e cantora, Monique DAngelo, e pela também poetisa e advogada, Ezilda Cláudia de Melo.

SEGUNDA EDIÇÃO – Esta é a segunda edição do concurso de poesia para mulheres encarceradas da DPE-PB. O projeto foi idealizado pela diretora geral da Escola Superior da Defensoria Pública, Monaliza Montinegro, e abraçado pela coordenadora da CAEP, Waldelita Cunha. Conta, ainda, com o apoio da Secretaria de Estado da Administração Penitenciária (SEAP) e das direções dos presídios.

Para viabilizar o concurso, a equipe do CAEP se reuniu com as defensoras públicas que atuam nas unidades prisionais femininas, com as diretoras dos presídios e com os juízes das Varas de Execução Penal (VEP) nas comarcas que possuem unidades prisionais. Todas as reeducandas das penitenciárias femininas do Estado (João Pessoa, Campina Grande, Patos e Cajazeiras) foram convidadas a participar do concurso.

PRESENÇAS – Também participaram da solenidade de premiação o defensor público-geral da Paraíba, Ricardo Barros, a subdefensora Madalena Abrantes, a coordenadora do Núcleo Especial de Promoção e Defesa dos Direitos da Mulher (NUDEM), Raíssa Palitot, a coordenadora de Atendimento da Execução da Penal e Estabelecimentos Penais (CAEPEP), Iara Bonazzoli, a assessora da DPE-PB, Elluênia Lucena, o policial penal e chefe de gabinete da SEAP, Josinaldo Lucas de Oliveira, e as diretoras das penitenciárias de Campina Grande e Patos, Anaíris Almeida e Alessandra Malaquias, respectivamente.

CONFIRA A POESIA GANHADORA:

“Meu Nome é Adryelly”
Por Adryelly Benvindo

Meu nome é Adryelly,
passo o tempo todo a pensar,
muito tempo longe de casa,
não sei que dia vou chegar.

Choro todo dia
pensando na minha mãe e no meu filho
que estão a me esperar,
mas com poucas palavras eu venho me expressar.

Tenho sofrido muito num pequeno canto de um cárcere
só minhas lágrimas a brotar,
mas tem um ditado bem popular
que agora eu vou citar.

Tudo passa nessa vida e essa cadeia vai passar
pra em casa eu logo chegar
pra matar a saudade da minha família que está a me esperar.

Tenho muita fé em Deus
e ele nunca há de me abandonar,
pois tudo nessa vida é breve
e logo logo a liberdade vai chegar!

Tantos conselhos que minha mãe me deu
e eu nunca fui de escutar,
mas todo mundo nessa vida erra.
Então quando em casa chegar
dela vou me desculpar,
dizer que nunca mais eu hei de fazer ela chorar.

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