O empresário Roberto Santiago, dono do Manaíra e Mangabeira Shopping, vai continuar, pelo menos por enquanto, cumprindo medidas cautelares impostas por causa da denúncia que responde na Operação Xeque-Mate. Foi isso que decidiu o juiz Antônio Gonçalves Ribeiro, da 1º Vara Mista de Cabedelo. Ele rejeitou o pedido da defesa de Santiago para retirar as restrições e alegou que o poder judiciário paraibano ainda não foi comunicado do acórdão da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que anulou, no último dia 19, todas as decisões tomadas pela Justiça da Paraíba em ação penal contra o empresário na Operação Xeque-Mate.
Além disso, o magistrado acrescentou que cabe, agora, à Justiça Eleitoral decidir sobre o pedido formulado pela defesa de Roberto Santiago.
É que a Quinta Turma do STJ entendeu que a competência para conduzir o processo de Santiago é da Justiça Eleitoral, e não da estadual, porque envolve denúncia de prática de ‘caixa dois’, relacionado à campanha política. O empresário foi denunciado por ter financiado a compra do mandato do ex-prefeito de Cabedelo, JOsé Maria de Lucena, o Luceninha, em favor de Leto Viana que teria assumido a gestão municipal comprometido em atender aos interesses do financiador, dentre eles estava atrapalhar a construção do Shopping Intermares, projeto à época anunciado pelo Grupo Marquise e que, de fato, não vingou.
Roberto Santiago cumpre medidas cautelares que o proíbem de se ausentar de João Pessoa e Cabedelo, sem autorização judicial. Ele também não pode ter contato com testemunhas ou réus da investigação e nem pode realizar movimentações financeiras que não sejam para pagamento de contas mensais comuns.