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Procurador critica flexibilização de funcionamento de igrejas: “É ridículo e corporativista”

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Diante da recente polêmica sobre o fechamento de templos religiosos por causa de um decreto estadual cujo objetivo é conter o avanço do novo coronavírus na Paraíba, o procurador do Trabalho Eduardo Varandas se posicionou em um vídeo no qual defende a norma baixada pelo governador João Azevêdo e critica os setores religiosos que têm se posicionado cobrando o retorno do funcionamento presencial das igrejas.

“Nenhum primado constitucional prevalece sobre o direito à vida. Quando um decreto suspende as atividades religiosas que aglomeram, ele não está cerceando em momento algum a liberdade de expressão, está apenas por uma questão excepcional de pandemia, é preservando a vida. O que essa gente de religião está pedindo é ridículo e sem noção porque ninguém está impedido de louvar a Deus. Elas podem fazer através de videoconferência, de redes sociais, de uma série de recursos disponíveis para evitar o contato pessoal. Essa é uma postura extremamente corporativista, irresponsável e contrária à Constituição Federal que preserva o direito à vida”, explicou Varandas, que também é professor universitário.

Em um trecho mais contundente, Eduardo afirma que o louvor pode ser praticado de diversas formas e não apenas em um templo físico. Ele prossegue: “Se quer manter um poder paralelo, contrariando as regras do Estado, eu vou dar um aviso: a religião é um direito personalíssimo, ou seja, do indivíduo, mas ele não obriga terceiros. A Bíblia que você segue como regra de fé e prática, é regra para você, mas não é para as demais pessoas que não seguem a mesma religião e o estado laico tem que respeitar todas as religiões. Mas, uma coisa eu asseguro: a Constituição não é opcional. Ela é aplicada a todo o Estado brasileiro. Essa postura absolutamente dissonante do que prega a Medicina, é visceralmente contra, a meu ver, o amor de Jesus Cristo, que pregou o amor ao próximo”.

Segundo Varandas, a defesa da reabertura das igrejas no momento em que a pandemia vive seus momentos mais críticos no Brasil é uma pauta de “uma casta de cristãos infiltrada no poder, inclusive no poder central, tentando trazer privilégios a essas pessoas, mas esses privilégios são incompatíveis com uma lei maior”.

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