O projeto de extensão Arquipélago de Memórias, idealizado pela Universidade Federal de Goiás (UFG), está recolhendo relatos orais de professores, estudantes, pais/mães de alunos (famílias) envolvidos direta e indiretamente com a educação formal, para formar uma cartografia da educação escolar, do trabalho docente e respectivas interligações com a vida cotidiana durante a pandemia da covid-19, abrangendo todas as etapas e modalidades de ensino da educação pública e particular.
Coordenado pela professora Valdeniza Maria Lopes da Barra (FE-UFG) e pelo professor Ricardo Antônio Gonçalves Teixeira (FE-UFG), o projeto estabelece uma ampla rede de colaboradores pelo Brasil, como a Universidade Federal da Paraíba (UFPB), e terá resultados divulgados e abertos para pesquisas quatro anos após o seu início.
Ao ParlamentoPB, a professora Itacyara Viana Miranda, do Departamento de Fundamentação da Educação do Centro de Educação, responsável pelo projeto na UFPB, disse que “o acervo pretende constituir-se como legado da experiência atual às gerações vindouras, não podendo ter a publicação de resultados analíticos em período inferior a quatro anos, contados a partir do lançamento do projeto, que se deu no último dia 13 de julho de 2020. Ao construir esse acervo digital de relatos orais dos mais distintos lugares do país acerca da duração histórica presente, temos em mente poder contribuir com eventuais intervenções analíticas (tese, dissertação, TCC e outras), que venham refletir o fenômeno educativo no país. A abertura do acervo supõe anuência prévia a protocolos éticos em conformidade com o Conselho de Ética da UFG, instituição matricial do projeto.”
Itacyara Miranda ressalta que o importante é saber as experiências cotidianas, as mudanças das formas e modos de ensino aprendizagem, as dificuldades, proposituras e (re)significados anunciados para educação. “A ideia é captar relatos orais, de até 5 minutos de duração, via plataforma WhatsApp. Ao entrar na página do projeto – https://fe.ufg.br/n/129865-arquipelago-de-memorias, as pessoas são apresentadas a proposta e convidadas a contribuir com a cápsula do tempo, de maneira simples e direta, através de um áudio dizendo seu nome (opcional), idade, sexo, estado civil, escolaridade, cidade/Estado onde mora e suas histórias do dia a dia nesse tempo de pandemia, como essa vem interferindo na sua vida e na sua relação com a educação”, destacou.
A professora ressalta que a rede de colaboração formada pelas diferentes instituições, como a UFPB, são produtoras da “cápsula do tempo” produto derivado do projeto Arquipélago de memórias: pandemia e vida cotidiana de professores/profissionais da educação, estudantes, pais/mães de alunos (famílias).