Setenta por cento dos corpos das vítimas da tragédia de Brumadinho (MG), provocada pelo rompimento da barragem da Vale, foram identificados por papiloscopistas.
A revelação foi feita nesta terça-feira (5), dia do papiloscopista, por Clébio Gomes, presidente da associação dos papiloscopistas da polícia civil da Paraíba.
Nesse episódio lamentável, 70% dos corpos resgatados foram identificados por impressão digital. Em Minas Gerais não tem papiloscopista, todos são peritos criminais e tiveram que solicitar colegas de outros estados pra que fizessem esse trabalho e foram identificados de forma rápida”, disse em entrevista a Rádio Jovem Pan.
Clébio disse que a papiloscopia na Paraíba vive novos momentos. “A representação é muito significativa, das atividades periciais. antes não podiam nem usar o termo perícia. Não tinha dentro das atribuições que as atividades eram periciais. Conseguimos essas atribuições no governo Ricardo Coutinho e que o documento emitido pelos papiloscopistas é laudo, o que foi um avanço muito grande pra categoria”, declarou.
Segundo ele, hoje não há como identificar uma pessoa sem a realização de uma perícia, tanto na identificação criminal como na identificação de cadáveres.
Apesar dos avanços, ele disse que o setor carece de mais profissionais e defende a realização de concurso para a área.