O presidente da PBGás, deputado estadual Zenóbio Toscano (PSDB), criticou a falta de ação dos órgãos controladores em relação ao que considerou uma série de desmandos praticados pelo ex-governador da Paraíba, José Maranhão (PMDB). Entre os apontados por inanição diante da sanção da PEC 300, contratação de mais de 12 mil servidores temporários, liberação de motocicletas apreendidas nas Ciretrans e concessão de reajustes para os defensores públicos.
– Infelizmente, não vimos de quem deveria as medidas necessárias na época certa. Quando o Focco reuniu-se na Assembleia e lá estava o procurador da República no Estado da Paraíba, secretário do TCU, nós lemos uma certidão do Tribunal de Contas constatando a nomeação dos 12 mil prestadores de serviço de forma irregular e em prazo curtíssimo no Governo Maranhão e distribuimos com cada um a cópia desta certidão nenhuma dessas entidades lá presentes tomou a iniciativa de formalizar a denúncia em relação àquilo que estávamos comprovando e denunciando da tribuna da Assembleia.
Zenóbio ainda confirmou que o ex-secretário de Finanças, Marcos Ubiratan, encaminhou à sucessora, Aracilba Rocha, uma relação dos débitos deixados pelo governador José Maranhão (PMDB). Ele ratificou que o montante admitido oficialmente no relatório de Ubiratan é de R$ 284 milhões, como havia adiantado o Parlamentopb na última sexta-feira, 31. Zenóbio também endossou a previsão de que o total dos débitos herdados por Ricardo Coutinho (PSB) chegue a R$ 800 milhões.
Para a reunião de hoje à tarde com secretários e auxiliares no Centro de Ensino da PM, a expectativa do presidente da PBGás estimou que o encontro servirá para apresentar as diretrizes da gestão, mas também para anunciar as primeiras providências, que, na opinião dele, serão "duras":
– Acredito que Ricardo vai fazer uma panorâmica de como está encontrando o Estado e ele tem pleno conhecimento disso. Ele também vai dar as diretrizes de seu governo. Vai ser um governo de total transparência, que não vai enganar ninguém e que vai tomar medidas realmente duras inicialmente para viabilizar a máquina pública. Essas medidas devem ser anunciadas já neste domingo para que os secretários vejam as dificuldades com que vão se defrontar e até onde o governador irá para que o governo faça o que o povo espera.
PBGás – A respeito da PBGás, Zenóbio declarou que a companhia seria o único órgão do Estado "que Maranhão não conseguiu deixar quebrado".
– Ela tem a participação público privada… tem a participação da Petrobras, de uma empresa japonesa, a Mitsui, e o Governo, que indica o presidente. Como todas as medidas têm que ser tomadas por unanimidade, o governador não conseguiu fazer com que o clima de caos que ele trouxe para o Estado com o único objetivo de assegurar sua reeleição chegasse à companhia. Tanto que a PBGás prevê para este ano um superávit de R$ 15 milhões.