A Câmara Municipal de Bayeux teve na noite de ontem uma sessão movimentada e com o acompanhamento de muitos populares. O vereador Jorge de Sousa, líder do prefeito usou a tribuna e reapresentou um requerimento em que pede que seja instalada uma Comissão Parlamentar de Inquérito para apurar as denúncias de recebimento do Bolsa Família pela esposa e dois filhos de Mizael Martinho, mais conhecido como "Fofinho".
O que se seguiu foi uma série de pronunciamentos da Oposição apontando a má situação administrativa do município de Bayeux. Os parlamentares criticaram especialmente a falha na coleta de lixo, que mereceu a apresentação de um outro pedido de instalação de CPI. Na sessão, 9 vereadores subscreveram um requerimento do vereador Fofinho para que seja constituída uma Comissão para investigar e examinar o contrato de prestação da coleta do lixo no município. O único voto contra a CPI do Lixo foi dado pelo líder de situação, Jorge de Sousa.
O fato determinante para a CPI é a falta de pagamento da Prefeitura à empresa Marquise, responsável pela coleta. Por causa do débito, o recolhimento dos resíduos foi suspenso e o lixo tem se acumulado nas ruas da cidade.
O presidente da Casa, vereador Mizael Martinho, ainda usou a tribuna para apresentar voto de repúdio ao prefeito Jota Júnior, a quem acusou de ter agido de forma deselegante e ter destratado o vereador Nino do PT na sexta-feira passada. Nino, acompanhado dos vereadores Fofinho, Roni Alencar e Magno Gonçalo, foram à secretaria de Saúde tentar uma reunião dos agentes comunitários de endemias com o secretário Jomar Paulo Neto. Ao chegar ao local, foram surpreendidos com a presença do prefeito, que discutiu com o vereador Nino e pediu que ele se retirasse do ambiente, se negando a participar da reunião. Na presença dos parlamentares e dos agentes, Jota Junior chegou a dizer que o lugar do vereador Nino era na Câmara que, segundo o prefeito, mais parece “um teatro”.
Teatro – Outro momento da sessão que chamou a atenção da população foi quando o vereador Nino do PT denunciou o pagamento de R$ 12 mil pela prefeitura de Bayeux para o aluguel de um clube para funcionamento do Teatro Municipal. Segundo o vereador, o prefeito tem que explicar como pagou essa quantia toda para um equipamento que não existe. “Eu desconheço se a cidade de Bayeux tem teatro” afirmou Nino.