A vereadora Eliza Virgínia denunciou nesta quarta-feira (3), durante pronunciamento na Câmara Municipal de João Pessoa, que a direção do Cinépolis, no Manaíra Shopping, depois de ter sido contratado e recebido o pagamento, se recusou a exibir o filme 1964: O Brasil entre Livros e Armas.
Ela disse que estudantes resolveram alugar uma sala de exibição no cinema do Manaíra Shopping, no Cinépolis, para assistirem juntos o filme 1964: O Brasil entre livros e armas.
Segundo ela, foi tudo pago, com contrato, e quando chegou na hora de exibição do filme, diante da presença de todo mundo que havia comprado o ingresso, a direção do cinema disse que não iria exibir o filme. “A justificativa não sei qual foi. Talvez deve ter sido a mesma do Cinemark, que disse que não se meteria em questões político-partidárias. Mas na hora de exibir um filme de Marighella, se exibe. Por quê não se exibir um filme também do Brasil Paralelo, que é a empresa que fez o filme?”, questionou Eliza, ressaltando, inclusive, que o filme foi feito, “diga-se de passagem, sem uso do dinheiro público”.
A vereadora disse que a proibição representa um ato de cerceamento da liberdade de expressão, atingindo tanto a questão moral, “que cabe danos morais”, quanto o próprio direito do consumidor, que pagou por um serviço que não foi prestado, “não por questões técnicas, mas por questões ideológicas”.
“Isso fere os direitos dos consumidores e nós vamos até o fim”, prometeu a vereadora.