Em um vídeo disponibilizado em suas redes sociais, a vereadora de João Pessoa, Eliza Virgínia (PP) fez um contraponto ao fato de seu ex-colega de partido, o deputado federal Ruy Carneiro (PSDB) ter criticado a ausência dos militares na Reforma da Previdência. Eliza declarou-se “constrangida a responder” a declaração do tucano e elencou vários pontos pelos quais acredita que os militares, incluindo-se policiais e bombeiros, devem ter regras diferenciadas para a aposentadoria.
“Se o governo tem que carregar nas costas alguma categoria, que seja a segurança pública por conta do ônus que eles carregam. Se tem uma classe que garante a governabilidade e a democracia neste país, são os militares, sobretudo os policiais e bombeiros militares, agentes penitenciários, policiais civis, polícia federal, todos fazem parte do sistema de segurança pública. Além do risco extremo que correm todo dia porque saem de casa e não sabem se vão voltar, vamos nos colocar na situação dos militares? Faz de conta que sai uma lei para que todos sejam iguais no Brasil. Sabem 10 coisas bem básicas que a gente tem que passar? Ninguém poderá fazer greve, nem manifestações, nem falar do governo, dar entrevista só com autorização, nem ter FGTS, hora extra, não existe adicional noturno, não será pago periculosidade e insalubridade somente em casos extremos… se o empregador necessitar, o empregado estará disponível 24 horas por dia, sete dias por semana, sem custo algum para o empregador… férias só a critério do patrão, o empregado poderá ser mandado a qualquer lugar do país ou fora dele com a família ou sem a família a qualquer momento”, disse Eliza.
A vereadora disse que poderia citar mais de 50 razões para que os militares tenham regras específicas para a Previdência: “Se forem retiradas as garantias constitucionais dos militares, terão que tirar também todos esses ônus”, complementou a parlamentar.